A Samarco retomará suas operações sem barragem de rejeitos e após a implantação total de um sistema de disposição e tratamento de rejeitos, que inclui a Cava Alegria Sul e a filtragem para o empilhamento a seco. Preparando-se para a retomada, a empresa finalizou, na última terça-feira (28), a primeira etapa das obras na Cava Alegria Sul, localizada no Complexo de Germano, em Mariana, que receberá parte dos rejeitos gerados na lavra da mina.
A cava é uma estrutura resultante do processo de lavra e terá capacidade para receber 9,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Seu uso evita o impacto ambiental em outro espaço. A segunda etapa, em andamento, consiste na montagem eletromecânica do sistema de bombeamento de lama, rejeito e água.


Com a implantação das novas tecnologias, a lama gerada na exploração do minério de ferro, que representa cerca de 20% do total de rejeitos gerados, será processada e destinada à Cava Alegria Sul. Por ser uma formação rochosa e estável, um espaço confinado, a estrutura permite a contenção natural de forma mais segura, além de evitar impacto em novas áreas.
A maior parte do rejeito, que corresponde aos arenosos e representa 80% do total gerado, será filtrada e empilhada a seco. O processo de filtragem permitirá o reaproveitamento de água.

Desde o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, a Samarco tem dedicado extrema atenção às atividades de reforço e monitoramento das estruturas geotécnicas, em consonância com as normas brasileiras e com requisitos internacionais de segurança.
Monitoradas 24 horas por dia, sete dias por semana, por meio do Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), as estruturas geotécnicas da empresa permanecem estáveis, possuem a Declaração de Condição de Estabilidade e são acompanhadas também por auditorias independentes realizadas periodicamente no Complexo de Germano. Os relatórios são encaminhados aos órgãos competentes.

Leia na íntegra na edição impressa do Diário de Ouro Preto nº1315