A Mostra de Cinema de Tiradentes chega a sua 26ª edição, de 20 a 28 de janeiro de 2023, maior e mais convicta do seu papel – ser plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo e apresentando ao público a diversidade da produção brasileira, com novas representatividades, com novas abordagens, personagens, estéticas, com as permanências e mudanças e com as recepções críticas desse fazer cinematográfico, além promover intensas atividades de formação, como debates, oficinas, sessões comentadas, rodas de conversa, lançamento de livros, performances musicais, exposições, atrações artísticas.
“Depois de dois anos em formato online, retornar a Tiradentes é motivo de celebração, pois vamos levar para a praça, para a tenda, para o teatro, o cinema brasileiro atual, em um grande encontro com o público num momento de recriação do Ministério da Cultura, num cenário de grandes expectativas por um novo ciclo positivo de revitalização do setor audiovisual no País”, destaca Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra de Cinema de Tiradentes.
Em nove dias de programação intensa e gratuita, serão exibidos 134 filmes (38 longas, 3 médias e 93 curtas-metragens) de 19 estados – (AL, AM, BA, CE,DF, ES, GO, MG, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RR, RS, SC, SP – em 57 sessões de pré-estreias e mostras temáticas em três cinemas instalados na cidade – Cine-Praça, Cine-Tenda e Cine-Teatro. E na plataforma do evento mostratiradentes.com.br, o público poderá assistir a 40 filmes da programação e acompanhar os debates que serão disponibilizados para acesso gratuito, de qualquer lugar do mundo.
Numa iniciativa inédita irá promover o 1o Fórum de Tiradentes – Encontros pelo Audiovisual Brasileiro, de 21 a 25 de janeiro, que reúne mais de 50 profissionais de diversos segmentos do audiovisual brasileiro para o diagnóstico dos pontos críticos da atividade e a construção de balizadores para a formulação de novas políticas públicas, tendo por atenção prioritária o fortalecimento das cadeias produtivas regionais e garantias para a diversidade de expressão.
Algumas das questões a serem debatidas durante a 26a Mostra de Tiradentes serão: como pensar em formas mais sustentáveis para a economia do audiovisual? Em qual campo o cinema brasileiro precisa lutar para que o aumento da produção nacional de filmes seja acompanhada da sua real inserção no mercado e no imaginário da população brasileira?
A abertura da Mostra acontece na noite de 20 de janeiro, a partir das 20h30, com homenagem aos cineasta mineiros radicados na Bahia Ary Rosa e Glenda Nicácio, apresentação da temática “Cinema Mutirão” e exibição, em pré-estreia, de “Mugunzá”, novo filme da dupla de realizadores. O trabalho de Rosa e Nicácio, que começou a chamar atenção no longa-metragem “Café com Canela” (2017), será pauta central do debate a ser realizado no sábado, no Cine-Teatro. A temática também será tema de um bate-papo, no sábado, dia 21, com a presença do time de curadoras da Mostra: Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa, Lila Foster, Camila Vieira, Mariana Queen Nwabasili, Pedro Maciel Guimarães e Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial.
TEMÁTICA | CINEMA MUTIRÃO
O conceito de “Cinema Mutirão” tem por objetivo chamar para o debate todos aqueles e aquelas que queiram colaborar para construir uma base sólida para a construção e reconstrução do audiovisual brasileiro. O cenário dramático dos últimos seis anos não impediu a resiliência de quem buscou alternativas à sobrevivência e procurou não abrir mão das suas conquistas anteriores, ainda que insuficientes ou ameaçadas. “Muitos grupos de lugares diferentes e de campos artísticos distintos (dança, música, teatro) se uniram para fazer audiovisual com os recursos dos editais emergenciais da Lei Aldir Blanc, que, no seu caráter abrangente e flexível, trouxe algumas inovações nas obras, na forma de mobilização do setor e na elaboração de uma política pública em contexto adverso”, destaca Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes.
O “mutirão” artístico se fez valer intensamente na quantidade de criadores de áreas diversas da cultura que, impossibilitados de suas atividades por conta especialmente da pandemia, encontraram no audiovisual – que se manteve forte em termos de consumo durante o isolamento – algumas novas formas de expressão. Naturalmente as coletividades, mesmo às distâncias, foram fortalecidas, produzindo maneiras renovadas de fazer cinema. A dinâmica inventiva e estratégica redimensionou para os próprios profissionais familiarizados com o audiovisual algumas práticas de diálogo político e criativo mais horizontalizadas.
Três sessões vão apresentar e refletir parte desses processos, muitos com a presença de artistas de áreas diversas se enveredando pelo audiovisual como forma de expressão. A sessão de curtas reúne “Paola”, de Ziel Karapotó; “Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando”, de Aida Harikariyoma Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yanomami; “Da Ponte Pra Cá”, de Isabela da Silva Alves; “Luta Pela Terra”, de Camilla Shinoda e Tiago de Aragão; e “Escasso”, de ENCRUZA – Gabriela Gaia Meirelles e Clara Anastácia. Os dois médias temáticos são “Partida de Vôlei à Sombra do Vulcão”, de Clarissa Campolina e Fernanda Vianna; e “Entre a Colônia e as Estrelas”, de Lorran Dias. Por fim, o longa-metragem “Caixa Preta”, de Saskia e Bernardo Oliveira, completa o recorte.
Debates e rodas de conversa também fazem parte das discussões em torno do Cinema Mutirão, com a presença dos artistas, diretores e diretoras que estarão exibindo seus trabalhos nessas sessões.
HOMENAGEM | ARY ROSA E GLENDA NICÁCIO (cineastas) – ROSZA FILMES
Se é para representar a temática desse ano de “Cinema Mutirão”, a dupla Glenda Nicácio e Ary Rosa, escolhidos para receberem a homenagem de 2023 na 26a Mostra de Cinema de Tiradentes, é essencial. Mineiros de nascimento (ela é de Poços de Caldas; ele, de Pouso Alegre), radicaram-se em Cachoeira (BA) em 2010, ao irem estudar cinema no então recente curso da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano). Fundaram a produtora Rosza Filmes e, desde então, fazem alguns dos títulos mais celebrados do cinema brasileiro contemporâneo, construindo uma vasta comunidade local de realizadores, inclusive em projetos de educação audiovisual.
Prolíficos, Glenda e Ary assinaram a direção conjunta de cinco longas-metragens em cinco anos: “Café com Canela” (2017), “Ilha” (2018), “Até o Fim” (2020), “Voltei!” (2021), “Mugunzá” (2022) e “Na Rédea Curta” (2022). Glenda ainda dirigiu um projeto solo, o média-metragem “Eu não Ando Só” (2021). Para o coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes, Francis Vogner dos Reis, “a singularidade do trabalho de Ary Rosa e Glenda Nicácio é um esforço coletivo a somar as pequenas diferenças em um território comum que é a região de efusiva cultura negra nas cidades de Cachoeira, São Félix e Muritiba. Se o território é determinante, o cinema produzido responde a um cotidiano e a um imaginário compartilhados, de caráter comunitário, tanto no ecossistema da equipe quanto na relação mais ampla com a cidade”.
FILMES
A seleção de 134 filmes (38 longas, 3 médias e 93 curtas-metragens) de 19 estados – Alagoas (2), Amazonas (3), Bahia (11), Ceará (10), Distrito Federal (4), Espírito Santo (3), Goiás(2), Minas Gerais(29), Mato Grosso (1), Pará (2), Paraíba (3), Pernambuco (5), Paraná (2), Rio de Janeiro (21), Rio Grande do Norte (1), Roraima(2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (3), São Paulo (40) vai apresentar a força da cinematografia brasileira contemporânea, ainda passando por situações de crise frutos do colapso do setor no governo federal já encerrado e de olho no futuro com a recriação do Ministério da Cultura e possibilidades de novas políticas aos trabalhadores do audiovisual.
A coordenação curatorial do evento é assinada pelo crítico Francis Vogner dos Reis, que divide com as pesquisadoras Lila Foster e Camila Vieira a seleção de longas-metragens. A curadoria de curtas-metragens foi feita por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa, Pedro Maciel Guimarães e Mariana QueenNwabasili. Os filmes estarão distribuídos nas seguintes mostras: Aurora, Olhos Livres, Temática, Homenagem, Autorias, Foco, Panorama, Foco Minas, Praça, Formação,Debate, Jovem, Regional e Mostrinha. Para ampliar a experiência, vários títulos ou conjunto de títulos contarão com debates nos Encontros com os Filmes, no Cine-Teatro, tendo a presença de diretores, equipes de produção e críticos convidados, e rodas de conversa nas sessões no Cine-Praça.
Em sua 16a versão, a Aurora– seção do evento dedicada a filmes independentes feitos por realizadores com até três longas-metragens no currículo e que se caracteriza por trabalhos de risco estético e narrativo representativos, em várias medidas, do que de mais vigoroso se faz na produção brasileira contemporânea – apresenta os tradicionais 7 títulos inéditos, em pré-estreia mundial, escolhidos pela curadoria de Francis Vogner dos Reis, Lila Foster e Camila Vieira.
Os filmes na Mostra Aurora 2023 são: “A Vida são Dois Dias” (RJ/CE), de Leonardo Mouramateus; “As Linhas da Minha Mão” (MG), de João Dumans; “Cervejas no Escuro” (PB), de Tiago A. Neves; “Peixe Abissal” (RJ), de Rafael Saar; “Solange” (PR), de Nathalia Tereza e Tomás von der Osten; “Vermelho Bruto” (DF), de Amanda Devulsky; e “Xamã Punk” (RJ), de João Maia Peixoto. Todos eles vão ser avaliados pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra. Leia detalhes sobre os filmes aqui.
Nomeada em tributo ao cineasta Carlos Reichenbach (1945-2012), a Olhos Livres é um recorte de longas-metragens que se caracteriza pela diversidade de formas e conceitos, sem regulamento prévio e muitas vezes alternando entre cineastas de carreiras consolidadas e em começo de trajetória. Trata-se de panorama amplo de algumas das proposições mais instigantes do cinema contemporâneo brasileiro. A curadoria é assinada por Francis Vogner dos Reis, Lila Foster e Camila Vieira e inclui seis títulos: “A Alegria é a Prova dos Nove”, de Helena Ignez (SP); “O Canto das Amapolas”, de Paula Gaitán (SP); “Cambaúba”, de Cris Ventura (GO), “Alegorias”, de Leonel Costa (SP); “O Cangaceiro da Moviola”, de Luís Rocha Melo (MG/RJ); e “Terruá Pará”, de Jorane Castro (PA).
Em filmes de apelo popular e relevância criativa para um diálogo imediato com o público, os títulos da Mostra Praça em 2023 trafegam entre a ficção e o documentário apresentando propostas instigantes a quem estiver pelo centro da cidade histórica. Dois títulos tratam de figuras importantes no cenário cultural brasileiro. “Lupicínio Rodrigues – Confissões de um Sofredor”, de Alfredo Manevy, celebra o legado poético do músico e investiga sua contribuição artística e o contexto histórico do compositor nascido no Rio Grande do Sul. Por sua vez, “Diálogos com Ruth de Souza”, de Juliana Vicente, repassa a carreira da atriz pioneira na inserção de pessoas negras no teatro e TV brasileiros, num mergulho profundo em quase 100 anos de vida, registrando conversas com a diretora e materiais de arquivo.
No campo da ficção, o Cine-Praça exibe “A Filha do Palhaço”, de Pedro Diógenes, que narra a história de Joana, adolescente de 14 anos que vai passar o fim de semana com o pai, o humorista Renato. Ele se apresenta em shows de churrascarias, bares e casas noturnas de Fortaleza travestido da personagem Silvanelly. Distantes, pai e filha terão que conviver durante uma semana num contexto transformador de suas vidas. A outra ficção é “Toda essa Água”, novo trabalho de Rodrigo de Oliveira, que já esteve na Mostra por diversas vezes com filmes como “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” e “Eclipse Solar”.
Na mostra Autorias, “Canção ao Longe”, da diretora mineira Clarissa Campolina, trabalha a partir de roteiro seu em parceria com Caetano Gotardo e Sara Pinheiro. A ficção acompanha a busca de Jimena por sua identidade e seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa que compartilha com a mãe e a avó e romper relações com o pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio das relações familiares.
O outro filme da seção Autorias é “Amazônia, a Nova Minamata?”, dirigido pelo veterano Jorge Bodanzky. O documentário denuncia o envenenamento de povos indígenas Munduruku a partir das investigações da líder Alessandra Korap e de integrantes da Fiocruz. Entre ameaças de garimpeiros interessados em abafar o assunto, o nebuloso envolvimento do governo brasileiro e a relação da história com um rumoroso caso similar ocorrido no Japão nos anos 1950, o longa-metragem forma uma teia de questões para desvendar o que de fato ameaça a vida dos Mundukuru.
Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Brasília de 2022, o documentário “A Invenção do Outro”, dirigido por Bruno Jorge, estará na Sessão Debate e acompanha a expedição humanitária na Amazônia em busca da etnia isolada dos Korubos. A ação foi promovida pelo indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho de 2022 junto com o jornalista britânico Dom Phillips durante viagem pelo Vale do Javari, num dos casos de maior repercussão mundial no noticiário recente brasileiro. O filme será seguido de um bate-papo com o realizador e convidados para discutir seus desdobramentos, produção e impacto, tanto em termos estéticos como políticos e narrativos.
Nos curtas-metragens, serão exibidos 93 curtas-metragens de 19 estados brasileiros em diferentes seções que abarcam a pluralidade da produção audiovisual brasileira num de seus formatos mais inventivos. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro têm a maior quantidade de trabalhos na seleção, respectivamente 30, 18 e 12.Há também filmes de Alagoas (2), Amazonas (1), Bahia (7), Ceará (8), Distrito Federal (1), Espírito Santo (3), Mato Grosso (1), Pará (1), Paraíba (2), Paraná (1), Pernambuco (4), Rio Grande do Norte (1), Rio Grande do Sul (1), Roraima (1) e Santa Catarina (2).
SEMINÁRIO | DEBATES | ENCONTROS | RODAS DE CONVERSA
O 26o Seminário do Cinema Brasileiro reafirma a tradição de ser um dos ambientes mais intensos de debates e discussões sobre o cinema no país. Somam-se a ele encontros no Cine-Lounge e no Cine-Praça, em bate-papos e rodas de conversa que ampliam a experiência cinematográfica do público. Mais de 150 profissionais (críticos, realizadores, produtores, atores, acadêmicos, pesquisadores e jornalistas) em 40 encontros e debates, incluindo debates conceituais, a série Encontros com os Filmes, diálogos do audiovisual, rodas de conversa e bate-papos no Cine-Praça.
FÓRUM DE TIRADENTES – ENCONTROS PELO AUDIOVISUAL BRASILEIRO
A 26ª Mostra de Cinema Tiradentes tem entre sua maior novidade a realização do Fórum de Tiradentes – Encontros pelo Audiovisual Brasileiro, em cinco dias presenciais, de 21 a 25 de janeiro. Mais uma vez, a Mostra Tiradentes abre espaço para reunir pessoas de diversos segmentos do audiovisual brasileiro para o diagnóstico dos pontos críticos da atividade – fortemente afetada pela pandemia e pelo descaso do governo federal nos últimos cinco anos.
Sob a coordenação de Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes, Mário Borgneth, cineasta, produtor e ex-Secretário do Audiovisual , Alfredo Manevy, cineasta, produtor, professor e ex-Secretário Executivo do Ministério da Cultura, conta ainda com a participação de mais de 50 profissionais que atuam em cinco grupos de trabalho – os GTs do Fórum de Tiradentes, coordenados por : GT Formação (Adriana Fresquet), GT Produção (Cíntia Bittar), GT Distribuição (Lia Bahia), GT Exibição/Difusão (Pedro Butcher) e GT Preservação (Hernani Heffner).
CONEXÃO BRASIL CINEMUNDI
O Brasil CineMundi – International Coprodution Meeting é o evento de mercado do cinema brasileiro que acontece em edições anuais e consecutivas desde 2010, em Belo Horizonte (MG). Consolidado como ambiente de mercado e plataforma de rede de contatos e negócios, o evento faz a conexão entre a produção brasileira e a indústria audiovisual, com ações de cooperação e intercâmbio e encontros de negócios.
Pelo segundo ano consecutivo, durante a Mostra de Tiradentes, a Universo Produção realiza a Conexão Brasil CineMundi, edição itinerante do programa com a apresentação de longas brasileiros na fase Work In Progress (WIP) – Corte Final. A curadoria de Pedro Butcher e Lila Foster selecionou sete filmes em finalização para sessões fechadas a uma plateia de profissionais da indústria audiovisual internacional e nacional. Um total de 16 festivais internacionais terão representantes na Mostra, vindos de 11 países: Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, México, Portugal e Suíça.
O debate “Estratégias de Festivais Internacionais e a Visão de Programadores sobre o Cinema Brasileiro” vai reunir parte dos convidados relatar experiências, estratégias de seleção e programação de festivais internacionais, ações de cooperação e intercâmbio e seus olhares sobre a produção do país. Participam Fabienne Moris (FIDMarseille, França), Paola Buontempo (Festival Internacional de Mar del Plata, Argentina), Pamela Bienzóbas (Festival de Locarno, Suíça), Roger Koza (Viennale, Filmfest Hamburgo, DocBSAS e FICIC, Argentina/Áustria/Alemanha), Vanja Milena Munjin Paiva (FICValdivia e IndieLisboa, Chile/Portugal) e Walter Tielpemann (Málaga WIP e FIDBA, Argentina/Espanha).
PROGRAMA DE FORMAÇÃO | OFICINAS
A Mostra de Tiradentes tem também o compromisso de investir em novos talentos e promove o Programa de Formação com a oferta de oficinas audiovisuais para o público jovem e adulto, visando à capacitação técnica para o mercado de cinema em diversas frentes possíveis de trabalho. Desde sua primeira edição, em 1998, já foram certificados aproximadamente 7.000 alunos, em quase 300 oficinas ministradas.
Em 2023, acontecem 12 modalidades de atividades formativas – nove oficinas, um laboratório de longa documentário e três masterclasses e 445 vagas que oferecem capacitação técnica e oportunidades para a nova geração de atores e realizadores, para públicos adulto e jovem e interesses diversos. As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 10 de janeiro pelo site mostratiradentes.com.br. As opções desse ano são: “O som em cena”, “Monólogos para cinema”, “Elaboração e financiamento de projetos audiovisuais”, “Atuação e cinema”, “O desenho criativo de produção na realização audiovisual”, “Cinema, artes plásticas e coletividade”, “Iniciação audiovisual”, “Interpretação e jogos teatrais” e“Imersão DocBrasil”.
Também estão no Programa de Formação Audiovisual três masterclasses: O Conceito Gonçalves, a Direção de Arte e a Arte Preta, com Alda Gonçalves, Gerente de Arte nos Estúdios Globo e filha do ator Milton Gonçalves; “Em Busca de um Personagem”, com a premiada autora Rosane Svartman; e Estrutura para Séries, com o roteirista Pedro Riguetti.
MOSTRINHA E MOSTRA JOVEM
A animação “A Ilha dos Ilús”, de Paulo GC Miranda, explora o imaginário de um lugar onde ficam os animais antes de virem ao mundo. Nesse local, todos os bichos surgem na forma de um “ilú” e depois vão para a Casa de Entrega para embarcarem à vida terrestre na forma de algum bichinho. Outra animação da Mostrinha é “Chef Jack”, do mineiro Guilherme Fiúza Zenha e dublagem de Danton Mello. Na história, o cozinheiro aventureiro Jack e seu fiel escudeiro Leonard participam da Convergência de Sabores, a maior competição de chefs do mundo. A dupla atravessa as Ilhas Culinárias cumprindo várias etapas para chegar na competição final.
ARTE | PERFORMANCE, EXPOSIÇÕES, LANÇAMENTO DE LIVROS
Arte por toda a parte. As ruas tricentenárias de Tiradentes serão embaladas por cores, música, artes cênicas, sons e imagens durante a 26a Mostra de Cinema de Tiradentes. Serão duas performances audiovisuais, quatro performances musicais, três exposições temáticas, cinco lançamentos de livros, dois teatros de rua, um cortejo musical, um cortejo da arte, cinco shows musicais fazendo a conexão do cinema com as outras artes, expressões artísticas da cultura brasileira.
O QUE VOCÊ VAI VER NA PROGRAMAÇÃO ONLINE?
A programação online do evento acontece na plataforma oficial – mostratiradentes.com.br e pode ser acessada gratuitamente de onde você estiver. O sinal estará aberto para o mundo, com programação gratuita de filmes, cinejornais com notícias do evento e informações diversas.
Estarão disponíveis online 40 filmes da Mostra Homenagem a Ary Rosa e Glenda Nicácio, os títulos da Mostra Temática Cinema Mutirão e os curtas-metragens da seção Panorama, além dos debates temáticos, abertura e encerramento.
Fonte: Assessoria de Imprensa