Com Assembleia-Geral realizada no início desta tarde, em Belo Horizonte, foi eleita a nova diretoria da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais para o biênio 2023-2024. A entidade congrega, entre seus municípios, quatro patrimônios culturais da Humanidade e mais de 50% de todo o patrimônio histórico tombado no Brasil. A reunião aconteceu na sede da AMIG – Associação das Cidades Mineradoras de Minas Gerais e do Brasil, no bairro Santo Agostinho.
Presidida anteriormente pelo prefeito da cidade de Itapecerica, Wirley Reis, o prefeito de Ouro Preto era o vice-presidente, assumindo agora a presidência. A nova diretoria traz ainda como vice-presidente o prefeito de Paracatu, Igor Santos, e como primeiro vice-presidente o prefeito da cidade de Caeté, Lucas Coelho. Momento que marcou a solenidade foi a despedida da secretaria-administrativa da entidade, Ana Alcântra, após mais de uma década de serviços prestados à Associação.
Para o novo presidente, a Associação “temo uma responsabilidade muito grande na preservação de nosso patrimônio. Então, temos liderar ações, unir esforços, buscar parcerias, conquistando apoios em ações dinâmicas que garantam a preservação e manutenção de todo o bem tombado que pertence ao povo brasileiro”, declarou com convicção o prefeito de Ouro Preto Angelo Oswaldo.
A Associação
Fundada em 2003, a Associação atua com 30 municípios mineiros. Entre seus municípios estão quatro Patrimônios Culturais da Humanidade tombados pela UNESCO: Os centros históricos de Diamantina e Ouro Preto; o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas; além do único Patrimônio Agrícola do Brasil, o Sistema Agrícola dos Apanhadores de Flores Sempre-Vivas, tradição centenária das comunidades da Serra do Espinhaço, na região de Diamantina, reconhecido pela FAO – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Todas as regiões mineiras estão representadas dentro da Associação, desde o Gerais, parte ao norte do Estado, que foi a primeira a ser desbravada por bandeirantes vindos da metrópole de Salvador e interior da Bahia, descendo do rio São Francisco, como as cidades de Januária e Paracatu, até o Sul de Minas das grandes fazendas que abasteciam a família imperial no Rio de Janeiro e que viveram os Ciclos do Ouro e do Café, como Baependi, terra onde a Beata reconhecida pelo Vaticano Nhá Chica fez história, São Thomé das Letras e Campanha, até as várias cidades da Minas do Ouro, vindo desde o Vale do Jequitinhonha, como Diamantina e Serro, até as tracionais Ouro Preto, Mariana, Itabira, entre tantas outras. Vale lembrar que no caminho para Goiás, no Centro-Oeste mineiro, temos a surpreendente cidade de Itapecerica, com seus 300 anos de história.
A Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos e em 2005 foi reconhecida como de utilidade pública pelo Estado de Minas Gerais.
Entre as muitas ações da Associação estão o permanente trabalho de auxilio e orientação aos municípios nos projetos de preservação, manutenção e de divulgação do acervo cultural, arquitetônico, históricos, paisagístico e natural de Minas Gerais.
Para saber mais sobre a Associação e as Cidades Históricas de Minas Gerais, envie um e-mail para: cidadeshistóricasdeminas@gmail.com ou entre em contato com a entidade, pelo telefone: 31 – 3731-6833.
Município integrantes
Fazem parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais os municípios: Brumadinho – Baependi – Barão de Cocais – Bom Jesus do Amparo – Conceição do Mato Dentro – Caeté – Catas Altas – Cataguases – Congonhas – Campanha – Diamantina – Itabira – Itabirito – Itapecerica – Januária – Lagoa Santa – Mariana – Nova Era – Ouro Preto – Ouro Branco – Paracatu – Pitangui – Prados – Santa Bárbara – Serro – São João del-Rei – São Thomé das Letras – Sabará – Santa Luzia – Tiradentes.
Texto: Petrônio Souza
Foto: Divulgação