O julgamento culminou na condenação pelo júri e a pena foi de 12 anos, o PM recorrerá em liberdade
O caso Igor Mendes, um jovem jardineiro de 20 anos que foi assassinado no dia 15 de setembro de 2017, teve resolução nesta terça-feira 14 de maio. O júri, após 12 horas de julgamento, decidiu não absolver o réu e a condenação acompanhou a pena de 12 anos e perda do cargo, ele recorrerá em liberdade.
A morte de Igor foi provocada quando ele levou um tiro durante uma abordagem policial em 15 de setembro de 2017. No carro estavam a vítima e 5 amigos indo para o show dos Racionais MCs em Ouro Preto.
A promotora da 2ª Promotoria de Justiça, Dra. Thalita da Silva Coelho, defendeu a tese de homicídio doloso, quando se há intenção de matar, enquanto a defesa alegou que o PM teria agido em legítima defesa. Foram ouvidas 7 testemunhas, o próprio réu e, tanto seu advogado, quanto o MP tiveram, ao todo, duas horas e meia para explanação, réplica e tréplica para cada um.
O júri julgou e acatou a tese da promotora, o juiz Aderson Antônio de Paulo sentenciou o Policial Militar. Após muitas horas de espera, familiares e amigos de Igor que aguardavam o resultado do lado de fora do Fórum com homenagens, camisas e cartazes, se emocionaram com a decisão.
A Promotora Dra. Thalita da Silva Coelho, responsável pelo Caso Igor explicou ontem a nossa reportagem que assim que a defesa apresentar a contestação do julgamento realizado essa semana serão apresentadas às suas contrarrazões e espera que sejam mantidos os termos da condenação “pois não vejo motivos para anulação deste julgamento”, explicou.
Segundo a promotora, ela entende o lado da família, que quer ver o cumprimento da pena, mas que o réu só poderia sair preso do julgamento se ele fosse condenado a mais de 15 anos, ou se fosse recorrente no ato condenatório.Ele está solto com medidas cautelares, foi afastado das funções que exercia, tem recolhimento noturno.
De acordo com a Dra. Thalita, “depois do próximo recurso a pena pode ser cumprida, não precisa chegar ao STF”.


Uma das integrantes do movimento #justicaporigor e prima de Igor, Tatiana Luz esteve presente e afirmou que já tinha certeza que o resultado seria favorável, disse ainda “A gente só quer justiça para resolver esse caso, pra dar um conforto principalmente pra mãe dele e os irmãos”.
Por Clara Lamacié e Marcelino de Castro