Ouro Preto – O presidente da Associação de Moradores, Proprietários e Trabalhadores do Botafogo, Florêncio Cotta, se reuniu nesta terça-feira, 15/04, com o presidente da Câmara, Vantuir Silva, para entregar o manifesto da entidade em favor da mineração Patrimônio. No último sábado, 12/04, foi realizada uma manifestação em favor da mineração no adro da capela de Santo Amaro.

No ofício encaminhado aos vereadores, a Associação apresenta 8 pontos, entre eles destaca que antigos moradores relatam que a estrutura que seria uma caverna “era uma reentrância sem nenhuma profundidade significativa”, que a mina não atinge a área de preservação da Serra de Botafogo, como destacado no ponto de número 6.
“É completamente absurdo e inverídico afirmar que a atividade minerária irá se expandir por toda a extensão da Serra do Botafogo, atingindo o antigo caminho de Ouro Preto a Cachoeira do Campo, onde se localiza o Chafariz Dom Rodrigo, usando-se inclusive de fotos do caminho sob texto contra a mineração. A área licenciada tem limites claros, já definidos, e nunca atingirá a Serra do Botafogo, da qual dista, onde aliás não há ocorrência de minério e qualquer afirmação diferente disso é uma falácia irresponsável”.
O Documento encerra cobrando o apoio dos vereadores. “Defendemos que esta Câmara, que bem representa o povo de Ouro Preto, em qualquer assunto que trate de nossa região, leve em consideração a voz legítima da comunidade do Botafogo – nossa associação tem entre seus membros mais de 60 moradores a menos de 300 metros da mina, mais de 10 deles já ali empregados – e anseia por progresso com sustentabilidade e dignidade!”
Sobre a decisão judicial em Botafogo, a Patrimônio Mineração reafirma seu total respeito à Justiça e informa que: “Colabora integralmente com as autoridades (MP, FEAM, SEMAD) para esclarecer os fatos, confiante de que suas operações sempre seguiram rigorosamente a legislação ambiental, com todas as licenças válidas. Aguarda com segurança o parecer da FEAM , determinado pela juíza, que comprovará a regularidade de seu licenciamento. A empresa tem convicção de que não houve irregularidades e demonstrará sua conduta legal e ambientalmente responsável, buscando o diálogo para garantir a continuidade de suas importantes atividades para a região.Esperamos ainda que a douta Juíza entenda a questão social e de geração de empregos prejudicada por uma decisão bastante obscura e confusa a ser considerada nos órgãos de controle”.
Por Marcelino Castro