O BDMG – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais desembolsou R$ 62,0 milhões em crédito para micro e pequenas empresas (MPE) em maio, recorde mensal para o segmento desde que o banco foi fundado há 58 anos. O desempenho reflete o plano de minimização dos impactos da pandemia de Covid-19, anunciado pelo governador Romeu Zema e pelo presidente do BDMG, Sergio Gusmão, em 8 de abril.
Com isso, os desembolsos do BDMG para as MPE do estado acumulam R$ 155,6 milhões nos cinco primeiros meses do ano, alta de 101% sobre o mesmo período do ano passado, quando o desembolso foi de R$ 77,3 milhões. Durante todo o ano de 2019, o BDMG destinou R$ 180 milhões às MPE. Para 2020, espera-se desembolsar mais do que o dobro desse montante para o segmento que, em Minas Gerais, gera 60% cerca do total de empregos.
De acordo com o presidente do BDMG, Sergio Gusmão, os bancos de desenvolvimento devem atuar na corrente anticíclica da crise. “Compatibilizar a forte demanda gerada pela pandemia com uma gestão de risco que também assegure a sustentabilidade financeira da instuição no longo prazo é o caminho que estamos trilhando”, explica o executivo.
A fim de reduzir a burocracia e dar maior celeridade ao processo, as solicitações de crédito e pedidos de renegociação podem ser feitas online, pela plataforma digital do banco (www.bdmg.mg.gov.br). “O BDMG foi o primeiro banco de desenvolvimento brasileiro a implantar um sistema digital para requisição de crédito. Hoje, no cenário deflagrado pela pandemia, termos esta tecnologia a serviço dos nossos clientes tem sido especialmente importante para dar maior celeridade às análises”, complementa Sergio Gusmão. Caso prefiram, os clientes podem acionar os correspondentes bancários, cuja lista e contatos também se encontram disponíveis no site.
Em 8 de abril, o governador Romeu Zema e o presidente do BDMG anunciaram um plano para aumentar o colchão de liquidez do empreendedor mineiro. Entre as medidas anunciadas e que se refletiram do desembolso recorde em maio estão: a redução das taxas de juros, com prazo de carência dobrado, para as MPE de todos os setores econômicos, linhas de crédito especiais para setores específicos (saúde, turismo, empreendedorismo feminino), a possibilidade de renegociação de dívidas de empresas com o Banco, entre outras medidas.
MAIS RECURSOS PARA A CADEIA DO TURISMO
O BDMG acaba de receber do Ministério do Turismo um aditivo de R$ 90 milhões a fim de ampliar a disponibilidade de recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). A linha de crédito é destinada a empresas de todos os portes pertencentes a, pelo menos, uma das 90 atividades ligadas à cadeia do turismo, tais como hospedagens, bares, restaurantes e lanchonetes, transporte e agências de turismo, negócios de produções artísticas, de teatro e dança, animação de festas, infraestrutura de eventos, aluguel de equipamentos etc.
Nos primeiros cinco meses de 2020, o BDMG desembolsou R$ 39,4 milhões via Fungetur, mais de seis vezes o valor destinado no mesmo período do ano passado. Com o aditivo de R$ 90 milhões, somando-se ao contrato anterior, o Banco ainda tem disponíveis para o setor cerca de R$ 112 milhões até 2020. As solicitações de crédito podem ser feitas diretamente na plataforma digital do Banco (bdmg.mg.gov.br) ou por meio de correspondentes bancários (lista também disponível no site).
Desde 24 de março, o BDMG facilitou as condições de financiamento para o setor do turismo perante o impacto da pandemia. A taxa de juros da linha Fungetur foi reduzida de 0,57% ao mês (+ INPC) para 0,41% ao mês (+ INPC), a mais baixa do mercado. Já o prazo de carência dobrou de 6 meses para 12 meses, com pagamento em até 48 meses.
Para ter acesso aos recursos as empresas também precisam estar em operação há pelo menos seis meses e serem inscritas no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) – o cadastro pode ser feito gratuita e rapidamente pelo próprio empresário na página do Ministério do Turismo.
Fonte: BDMG