Belo Horizonte – Diante das denúncias de falhas no programa de educação não presencial da Secretaria de Estado da Educação (SEE), a deputada estadual que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Beatriz Cerqueira, apresentou o Projeto de Lei 2013/2020 pela suspensão desse regime especial de ensino no Estado.
As atividades escolares não presenciais da SEE foram duramente criticadas por professores, pesquisadores, pais e alunos, durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa na última segunda-feira,8. O regime, segundo convidados da Comissão de Educação, deixa de fora mais de 700 mil estudantes que não têm acesso à internet, a dispositivos eletrônicos adequados ou mesmo ao sinal da Rede Minas.
Um grupo de professores analisou 38 apostilas do chamado Plano de Estudo Tutorado (PET) e as videoaulas transmitidas pela Rede Minas. Nas apostilas, segundo dados da Audiência, foram encontrados 42 erros de ortografia e gramática, 122 plágios e 89 conteúdos com erro. Também foi apontada inadequação didática nas teleaulas – o que gera ainda mais dúvidas e desmotivação entre os alunos – e falhas no aplicativo Conexão Escola, que deveria ser utilizado por professores e estudantes.
Pelo PL 2013/20, as aulas não presenciais devem ser suspensas nas escolas estaduais de Educação Básica e nas de Educação Profissional e o Estado deve elaborar, junto com universidades e entidades da sociedade civil, diretrizes para a reorganização do calendário escolar de 2020 durante a pandemia da Covid-19.
Fonte: ALMG
2020-06-10