Mariana – Nesta segunda-feira, a 28ª Reunião Ordinária dos vereadores acabou em grande insatisfação da população presente na Câmara. Os marianenses solicitaram o uso da palavra livre, mas não foi concedido, o que gerou confusão após o fim da reunião.

Requerimento

O vereador Ronaldo Bento iniciou o assunto da falta de água ao expor sua justificativa em relação ao Requerimento nº 69/2024, aprovado em unanimidade pelo Legislativo. O documento solicita o envio de questionamentos ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) sobre planos de ação para conter os impactos e à Prefeitura se será decretado estado de emergência. Além disso, o Requerimento questiona ao executivo se foi solicitado o apoio das empresas Vale, Cedro, Samarco e Fundação Renova.

Ronaldo ressalta a necessidade de apoio por parte das mineradoras nesse momento de crise: “Nós respeitamos as empresas e a todo momento, têm faltado respeito com essa Casa e principalmente depois desse crime ocorrido em 2015 aqui. Sabemos que muitas das coisas têm avançado, mas ficamos na mesmice, por muitas das vezes pedir bença às empresas, que muito pouco se contribui para o crescimento da nossa cidade. Então, na minha humilde concepção, eu acredito, com respeito ao diretor do SAAE, que ele tem que ser mais incisivo e pedir, solicitar a essas empresas que cumpram, que façam e que elas podem fazer em favor de suprir essa necessidade imediata através dessa crise hídrica que nós estamos vivendo.”

Ao fim da reunião, foi solicitado por Bruno Teixeira, candidato a prefeito pelo PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), que a população presente pudesse expor aos vereadores seus questionamentos em relação à crise hídrica. A solicitação foi negada, o que fez com que os marianenses manifestassem a indignação da comunidade após o fim da reunião. 

Bruno questionou durante a manifestação: “A grande questão aqui na Câmara é por que que essa Câmara barrou os projetos do SAAE há 8 anos? Tá barrando projeto atrás do outro, projeto atrás do outro. Tem que discutir o caminhão pipa? Tem que discutir o caminhão pipa. Mas por que que o SAAE não foi estruturado? É essa que é a questão que tem que colocar.”

Por Marcella Torres