Hoje foi o dia dos problemas da Educação sacudirem a Casa Legislativa de Ouro Preto. Mães de alunos, alunos e servidores da Escola Municipal Monsenhor Castilho Barbosa compareceram ao plenário para questionar problemas estruturais no colégio e a demora na realização das obras, o que tem gerado aumento da defasagem do aprendizado das crianças, já bastante prejudicadas durante o período da pandemia: “Foram dois anos perdidos e agora teremos de esperar até quando?”, os manifestantes questionam.
As mães destacaram que a maioria das famílias não possui recursos para oferecer os instrumentos necessários para as aulas online, e esclareceram que não são contra as obras, e sim, contra a demora na conclusão das benfeitorias “que já poderiam ter sido feitas bem antes”, elas reclamam. Todos questionam também as constantes paralisações nos trabalhos e a ausência de informações sobre o andamento das obras e o prazo estabelecido. Os manifestantes alertaram ainda sobre o aumento da evasão escolar, segundo eles, cerca de 100 alunos da Escola Monsenhor Castilho Barbosa já pararam de estudar por causa das incertezas.
Diante das queixas, os vereadores decidiram pela elaboração de um requerimento conjunto e urgente solicitando o cronograma das obras e a indicação de locais provisórios para funcionamento das atividades. Segundo o presidente da Câmara, Luiz Gonzaga, são 17 escolas que estão passando por esse problema no município. O requerimento foi proposto pelo vereador Matheus Pacheco, encaminhado imediatamente à secretaria da Câmara e elaborado para ser votado ainda na mesma sessão desta terça-feira, 22 de março.
O vereador Júlio Gori também sugeriu que um convite fosse feito ao ex-secretário, o professor Rogério Fernandes, para retornar à Casa Legislativa e apresentar novamente a prestação do primeiro semestre de 2021, considerando que pouquíssimos vereadores compareceram quando esta foi mostrada, na sessão realizada em 15 de dezembro de 2021.
EDUCADORES ESTADUAIS TAMBÉM COMPARECEM À CÂMARA
Os servidores da Rede Educacional do Estado também compareceram à sessão desta terça-feira, 22, na Câmara Municipal, para pedir o apoio do vereadores na luta da classe em favor do pagamento do Piso Salarial. Com a Casa Legislativa lotada, os vereadores se comprometeram a pressionar os deputados estaduais de seus partidos para que não votem a proposta de renegociação fiscal que tramita na Assembleia, uma das prioridades do governador Romeu Zema.
LILIAN FRANÇA ESTÁ DE VOLTA
A vereadora Lilian França, que estava afastada para tratamento de Saúde, retornou hoje para assumir sua cadeira na Câmara Municipal. Ela foi substituída por dois meses pelo suplente Geovanni Mapa. Na sessão de hoje, ela aproveitou a presença majoritária de mulheres do plenário e convidou a todas para comparecerem à Câmara na próxima quarta-feira, 30 de março, para uma apresentação especial do programa “Chame a Frida”, um aplicativo que oferece atendimento virtual em casos de violência contra mulheres.
Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
Fotos: ade Castro