É assim que printo meu sentimento pela festa. Venho de longa data amando desde a primeira vista! Já tive o momento de declarar à querida TOP Cultura numa destas vésperas que “o carnaval é o xerox da alma”.
Veio na inspiração instantânea, e acho que agradou a muitos!
O amigo Marcelino de Castro me provocou a esta prosa e era esta que tinha pra contar. Sou da turma do samba, e lá me encontro desde os velhos anos 80, a desfilar na cinquentenária ESIM. De lá pra cá, rodei bastante e já trisquei um tento em quase todas as escolas de Samba de Ouro Preto.
Também me apaixonei pelo fervo no Rio de Janeiro, com apego à Mocidade de Padre Miguel. Aprendi a amar o mundo do samba. Me representam!
Já tive tantas paixões por sambas que eternizaram e me embriagaram. No contexto da minha própria história, tem dois enredos que alinharam com minha estrada.
A Império Serrano em 1989 pipocou com um samba que imortalizou no universo. “Bumbum paticundum prugurundum” será sempre uma chamada para a folia. Quando versa “Vem meu amor manda a tristeza embora. É carnaval, é folia neste dia ninguém chora.”
E em 1983, a Salgueiro fala de muitos de nós com desenho maestral. No brado forte de traços e troças, engrossa um dos refrões mais brilhantes de todos os carnavais: “O carnaval é a maior caricatura. Na folia o povo esquece a amargura”.
Temos coisas a superar. Mas deixem o carnaval passar!
Por João Pedrosa