No mês dedicado à Consciência Negra, o Memorial Vale traz uma série de atrações inspiradas e pautadas na cultura do povo preto, em manifestações artísticas e talentos afro-brasileiros. A programação reflete a luta, a resistência e o orgulho da identidade negra no Estado, além de propor reflexões sobre as experiências negras no Brasil. Música, teatro, artes plásticas, fotografia e literatura, protagonizados por artistas negros, conduzem a programação do Memorial em novembro.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .
Dia 7 de novembro (terça-feira) – às 13h30
Exposição “CATA – Mudanças Climáticas e Catadoras”
O roteiro especial em celebração ao mês da Consciência Negra começa na terça-feira, 7 de novembro, com a exposição fotográfica “CATA – Mudanças Climáticas e Catadoras”, da artista plástica e fotógrafa Verônica Alkmim França. A mostra reflete o encontro entre as artes plásticas, a sociologia e a educação popular através da cooperação entre a rede internacional Mulheres no Trabalho Informal Globalizando e Organizando (WIEGO em inglês) e a Universidade de Sheffield com a artista plástica/fotógrafa Verônica Alkmim França que vem desenvolvendo um trabalho autoral de reconhecida visibilidade.
A curadoria é da própria fotógrafa e da socióloga Sonia Maria Dias e tematiza dois dos grandes dilemas da humanidade contemporânea, a emergência climática e a agenda de inclusão social, num mundo que está cada vez mais marcado pela agudização dos dilemas socioambientais. CATA é composta por 10 imagens que foram capturadas e posteriormente construídas na forma do sensível sobre o universo das catadoras de recicláveis. Durante o projeto CATA, as catadoras participaram de uma oficina de imagem com a técnica Cianotipia, na qual os resíduos foram matéria-prima para uma nova experimentação. O resultado será exposto junto à exposição. A exposição poderá ser vista até 25 de fevereiro de 2024 e tem entrada gratuita.
De 9 a 11 de novembro (quinta-feira a sábado) – Quinta e sexta às 18h e sábado às 10h
2° Seminário de Produção Cultural Preta de Minas Gerais
Dos dias 9 a 11 de novembro, o Memorial Vale recebe o 2° Seminário de Produção Cultural Preta de Minas Gerais. Realizado pelo Instituto Aya de Arte e Cultura Negra e Periférica, o encontro vai abordar o mercado cultural mineiro com a participação de profissionais atuantes na área. Empreendedorismo Cultural; Produção Cultural Preta – Realidade, respeito e mercado; e Comunicação da Cultura Preta são alguns dos temas que serão abordados no Seminário.
Dia 11 de novembro (sábado) – às 16h
Show com Dona Jandira
O Memorial Vale vai receber no sábado, 11 de novembro, às 16h, o show de Dona Jandira que impressiona com sua voz singular e impregnada de emoção. Aos 84 anos, ela continua sua vitoriosa trajetória interpretando obras de grandes compositores da música nacional.
Dona Jandira iniciou sua carreira tardiamente, aos 66 anos, tendo realizado desde então mais de trezentos shows por Minas Gerais, pelo país e exterior. Gravou seu primeiro CD ‘Dona Jandira’ em 2008, e em seguida em 2012 o DVD ‘Dona Jandira ao Vivo’ com participações importantes de Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul, Sergio Moreira e Marco Lobo. Em 2017 gravou o CD ‘Afinidades’ em dupla com o renomado pianista, compositor e arranjador Tulio Mourão.
Dia 18 de novembro (sábado) – às 11h
Santeiro: ofício além da matéria
Luciomar de Jesus, escultor congonhense conhecido como Santeiro, será a atração no dia 18 de novembro, sábado, às 11h, com a ação “Santeiro: ofício além da matéria”, onde ele realizará uma escultura ao vivo enquanto compartilha experiências com o público. Passando por contextos históricos na arte do santeiro, o artista monta um santo de roça que passa por vários processos de transformação e ressignificação.
Dia 18 de novembro (sábado) – às 16h
Peça “Cena Corpo Preto Surdo: Louvação as Ayabas”
No 18 de novembro, sábado, às 16h, estará em cartaz no Memorial a peça “Cena Corpo Preto Surdo: Louvação as Ayabás”. O espetáculo nasce da vontade política e discursiva de trazer para a cena artística de Belo Horizonte a relação surdez e ouvinte, ambos pretos, que em sua comunicação traz a expressividade, o afeto e transmitem em libras a valorização da cultura afro e a louvação as Ayabás, por meio de sua ancestralidade.
Dia 19 de novembro (domingo) – às 14h
Show “Sangria Desatada”, de Augusta Barna
A programação que celebra o mês da Consciência Negra segue com o show “Sangria Desatada”, de Augusta Barna, no dia 19 de novembro, domingo, às 14h. “Sangria Desatada” é urgência da arte que não se cala, em compromisso inadiável com a poesia visceral, provocativa e latente da artista Augusta Barna em seu primeiro álbum. Em 10 canções a artista se faz valer de uma atmosfera deliciosa de ritmos e intenções.
Dia 25 de novembro (sábado) – às 16h
Espetáculo Seu Vizinho: Todo Mundo Junto e Aglomerado
O Bloco Afro e de Favela Seu Vizinho apresenta no dia 25 de novembro, sábado, às 16h, o espetáculo “Seu Vizinho: Todo Mundo Junto e Aglomerado”, intervenção que busca provocar, através da música e alegria, uma reflexão e uma mudança social na luta contra o preconceito e racismo. O Bloco Afro e de Favela Seu Vizinho surgiu em 2014 no Aglomerado da Serra – uma das maiores favelas do Brasil – visando a participação e protagonismo do povo negro e favelado no carnaval da cidade.
Dia 26 de novembro (domingo) – às 11h
Esdras Neném apresenta o show Minha História
O baterista Esdra Neném Ferreira, apresenta no dia 26 de novembro, domingo, às 11h, o show “Minha História”. Acompanhado no palco por Enéias Xavier nos teclados e Ivan Corrêa no baixo, Neném, que tem raízes no candomblé, onde é Ogã Alabê, fará um apanhado de seus mais de 40 anos como baterista.
Dia 28 de novembro (terça-feira) – às 19h
Exposição “Imagens que não se conformam”
Com obras de destaque na arte e história brasileira, como o busto de Dom Pedro I (escultura em bronze representando o imperador) e o famoso crânio de Luzia (um dos mais antigos remanescentes ósseos humanos das Américas), a exposição “Imagens que não se conformam” será inaugurada no Memorial no dia 28 de novembro, terça-feira, às 19h, seguindo em cartaz até o dia 10 de março de 2024. A mostra reúne obras do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em diálogo com produções de artistas contemporâneos mineiros e conta com peças e obras raras que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil.
Dia 30 de novembro (quinta-feira), às 19h e 2 de dezembro (sábado), às 11h
Cia Gente apresenta “Vertigem e Fio do Meio” (ato n°.2)
Dirigida pelo premiado dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo, a Cia Gente está na programação celebrativa do mês da consciência negra do Memorial Vale – nos dias 30 de novembro, quinta-feira, às 19h e 2 de dezembro, sábado às 11h – com o ato n°2 do projeto “Brasil sem Ponto Final”. Trata-se do espetáculo “Fio do Meio/Vertigem” que coloca em cena “o corpo político que dança”. Além das sessões do espetáculo, o projeto traz ainda uma ação de troca de experiências e culturas com o público local através da realização da oficina “Corpo-Memória”, ministrada pelo diretor Paulo Emílio Azevedo. Mais detalhes da oficina podem ser encontrados no site do Memorial Vale: memorialvale.com.br
Visitas mediadas
Também em diálogo com o mês da Consciência Negra, as visitas mediadas realizadas pelo Educativo do Memorial, vão se pautar em roteiros que resgatam diferentes aspectos da cultura africana presentes em Minas Gerais, fruto das pesquisas desenvolvidas no Percurso Educativo Africanidades.
Nos dias 4,5, 18 e 19 de novembro o público poderá percorrer o roteiro “Caminhos não ditos: A Belo Horizonte Negra” e descobrir personagens do antigo arraial e comunidades tradicionais negras, que cuidam de seus territórios e resistem junto com suas manifestações culturais.
Nos dias 11,12,25 e 26 de novembro, o trajeto será pelas “Tecnologias de matriz africana” onde os visitantes poderão participar de um diálogo sobre ancestralidade e as contribuições africanas para a cultura brasileira partindo das tecnologias africanas amplamente empregadas desde o período colonial até a atualidade.
De 09 de novembro (quarta-feira) a 09 de dezembro (sábado)
Alforriado Matias
Como parte da programação em celebração ao mês da Consciência Negra, o Programa Educativo do Memorial Minas Gerais Vale reúne algumas de suas pesquisas desenvolvidas ao longo do ano relacionadas ao tema e propõe visitas mediadas, contação de histórias e intervenções nas exposições de longa duração. O intuito é convidar o público a refletir sobre as contribuições das pessoas negras para a cultura mineira e brasileira.
Uma destas intervenções é a sobreposição da Alegoria da República pela imagem do abolicionista Alforriado Matias, que viveu no Barreiro no século XIX. A imagem, construída pelo artista Senegambia em parceria com o Instituto Alforriado Matias, simboliza a luta por liberdade e a coragem dos povos escravizados.
De 01 de novembro (quarta-feira) a 30 de novembro (quinta-feira)
Escritoras pretas
Como forma de homenagear a produção literária, política e científica das mulheres negras, o tradicional ipê rosa, carregado de trechos das obras literárias de Guimarães Rosa, dá espaço às vozes das escritoras negras brasileiras, agora representadas pelo ipê amarelo. A intervenção no espaço é uma homenagem à produção literária, política e científica das mulheres negras. O público poderá escolher uma flor e levar consigo.
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.
Fonte: Assessoria Memorial Vale
Foto Destaque: 1º Seminário de Produção Cultural Preta de MG – Por Pablo Bernardo