O Dia Nacional da Imprensa, comemorado em 1º de junho, é uma data que não pode passar em branco, afinal, é o trabalho da imprensa, especialmente do jornalismo investigativo, que revela os segredos que a sociedade precisa saber.

Depois do advento das redes sociais, temos visto cada vez mais os políticos e as empresas utilizando dessas ferramentas para propagar suas mensagens de forma direta para seu público. Hábito que parece mostrar a transparência das administrações públicas, mas por trás do instagram, do facebook e do twiter pode estar aquela “escapada” do escrutínio, da análise minuciosa do jornalista que, por profissão e dedicação, deverá confrontar a informação recebida para sua checagem e conseguinte publicação.

Para os políticos, as redes sociais são um mar de liberdade de expressão! E falam, como falam, mas nem sempre o que dizem é o que realmente a comunidade quer saber, ou dizem coisas para tirar o foco do que realmente a população precisa saber.

Neste Dia Nacional da Imprensa, o diário de Ouro Preto parabeniza todos os veículos de comunicação de Ouro Preto e região, desejando força, coragem e determinação para suas atividades jornalísticas.

Aos leitores, ouvintes e espectadores, pedimos que apoiem as empresas jornalísticas locais, sigam, curtam e compartilhem nossos conteúdos, pois são profissionais que, no dia a dia, narram os fatos de nossas cidades. O jornalismo é fundamental para que a sociedade seja cada vez mais justa e igualitária. E estejam atentos, as fotos nas redes sociais dos políticos podem ser apenas cortina de fumaça para que não sejam vistos os atos realizados na penumbra ou no sigilo inaceitável nas administrações públicas, que devem agir pautadas na transparência e isonomia.

Por Marcelino de Castro

Saiba Mais – O dia 1 de junho foi instituído como o Dia da Imprensa, por meio da lei n. 9.831, de 13 de setembro de 1999, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Até então, a comemoração ocorria na data de 10 de setembro, quando foi publicado o primeiro número do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, em 1808, pela Imprensa Régia. Considerado o primeiro periódico publicado, no Brasil, veiculava o pensamento oficial da corte portuguesa e pertencia à Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra.

Gazeta do Rio de Janeiro
Gazeta do Rio de Janeiro

Sua periodicidade era bissemanal, chegando à publicação de três fascículos por semana.  Ao longo do período em que circulou, teve três redatores: frei Tibúrcio José da Rocha, de 1808 a 1812; Manuel Ferreira de Araújo Guimarães, de 1812 a 1821; e Francisco Vieira Goulart, de setembro de 1821 até 1822. Seu conteúdo tratava de acontecimentos políticos da Europa e de divulgação de eventos oficiais da Corte.

A nova data da celebração passou a ser a da primeira publicação do periódico que circulou alguns meses antes da Gazeta do Rio de Janeiro, O Correio Brazilienze, ou Armazen Litterario, editado pelo brasileiro Hipólito José da Costa, em Londres. O jornal expressava críticas ao governo de D. João e pretendia ser livre da censura imposta pela coroa portuguesa, circulando apenas clandestinamente, no Brasil e em Portugal. Sua periodicidade era mensal e durou até o período da independência do Brasil, em 1822, como O Correio Braziliense.

Vale ressaltar que a criação da Imprensa Régia, pelo decreto de 13 de maio de 1808, foi acompanhada pela institucionalização da censura para conter os posicionamentos contrários ao governo, à religião e aos costumes da época, portanto toda publicação passava pelo exame de uma junta administrativa. A Imprensa Régia foi a única tipografia existente no Rio de Janeiro até 1821 e imprimiu jornais, atos governamentais e outras publicações. Antes dela, era proibida a impressão no território colonial português, portanto seu surgimento tornou-se um marco para a história da imprensa e da tipografia no Brasil.
Fonte do Saiba Mais: Biblioteca Nacional