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O Exame Nacional do Ensino Médio 2021 acontecerá nos dias 21 e 28 de novembro, sempre aos domingos. Segundo o Portal Nacional da Educação, 3.109.762 pessoas se inscreveram para as provas. Destas, 68.891 participarão da versão digital.
No dia 21/11, os participantes farão as provas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e Redação. Cada prova tem 45 questões. No dia 28, acontecerão as provas de Ciências da Natureza e Matemática, também com 45 questões cada.
Todos os candidatos devem acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição na ‘Página do Participante’ (https://enem.inep.gov.br/participante), se informar sobre os locais e horários do exame e atentar também para o que se pode ou não pode levar ou fazer.
Além de documento pessoal válido e caneta esferográfica de tinta preta, de tubo transparente, o participante deve usar máscara de proteção contra o Covid-19. Sem ela, não será permitido acessar o local da prova. É recomendado ter seu próprio álcool em gel, o Cartão de Confirmação de Inscrição e a Declaração de Comparecimento impressa, que pode ser útil se houver necessidade de justificar presença no exame. Deve-se também levar garrafinha transparente de água e alimentos leves de fácil consumo, como barras de cereais, biscoitos integrais ou mesmo balinhas.
O que fazer?
O professor ouro-pretano Sérgio Maia, engenheiro metalurgista, especialista em matemática e engenharia de materiais, recomenda aos participantes que sustentem a rotina de antes, e que mantenham o mesmo plano de estudos: “É normal que a ansiedade mostre suas garras destruidoras, por isso, é hora de lançarmos mão do poder do nosso cérebro”, diz o professor Coquinho, como é carinhosamente chamado por seus alunos. Para ele, pensamento positivo é fundamental, pois o “Enem é conhecimento acumulado durante toda vida acadêmica e os alunos já estão se preparando há anos”.
Apesar de recomendar a continuidade da rotina de estudos, Coquinho acredita que, nos dois dias anteriores às provas, a turminha precisa “tirar o pé do acelerador”, ler um bom livro, assistir uma série, passear e distrair: “Dar uma folga para cabeça para enfrentar as provas descansados e bem dispostos”.
O que esperar?
Para o educador popular, professor de História e Filosofia Gilson Moutinho, de Santo Antônio do Salto, pequeno distrito de Ouro Preto, onde ele atua voluntariamente incentivando os jovens de sua terra a perseguirem os seus sonhos, nesse ano, o desafio do ENEM deverá reforçar ainda mais as desigualdades sociais: “Em tempos de pandemia, sem as aulas presenciais, ficou muito difícil preparar os alunos, pois a maioria não disponibiliza de recursos como computador ou internet para acompanhar as aulas híbridas, e isso é desestimulante”. Moutinho chama atenção também para “os alunos que dependiam das refeições oferecidas nas escolas, porém, as expectativas surgem mesmo de forma modesta, apesar da péssima gestão política da Educação e da pandemia que vivenciamos“.
Por Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
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