Amarantina – Os deputados Leleco Pimentel e Padre João se reuniram na tarde de ontem (20/07) com representantes da comunidade de Amarantina, a visita se deve às queixas referentes ao convívio com a Pedreira Irmãos Machado. também participaram da reunião representantes do Grupo de Estudo e Pesquisa Sócio Ambientais (GEPSA).


A Presidente da Frente Popular em Defesa de Amarantina, Denizete de Fátima dos Santos Silva disse que todas as denúncias que fez ao Ministério Público são nominais, Ela acusou a empresa de utilizar de brechas jurídicas para manter suas atividades e colocando como área de servidão mineral vias públicas. “Estão impactando a comunidade, tirando nosso sossego”.


Denizete explicou ainda que todas as segundas os membros do GEPSA se reúnem com os moradores para entender os impactos da pedreira.


Segundo o deputado Estadual Leleco Pimentel sua visita juntamente com o deputado Federal Padre João, serviu para constatar que “os avanços que a mineradora Pedreira Irmãos Machado, que já foi denunciada inclusive, foi apresentada a mineradora uma rota alternativa para escoamento de sua produção e ela continua a insistir numa servidão para poder desapropriar e tirar pessoas da nossa comunidade tricentenária, hoje viemos aqui juntamente com a Universidade Federal de Ouro Preto, que está fazendo este estudo, este mapa importante, estratégico da mineração que avança”.


O deputado Federal Padre João disse que da primeira vez em que estiveram em Amarantina, não podiam contar com os Ministérios do Meio Ambiente, dos Direitos Humanos, e também apontou que a Agência Nacional de Mineração está sucateada e que precisa de reestruturação assim como o Estado brasileiro. Ele defende que haja uma ação interministerial para tratar de assuntos relacionados com os vividos pela comunidade em Amarantina. “Nenhuma atividade econômica pode trazer prejuízo à saúde[…] Estamos cobrando a reestruturação da Agência Nacional de Mineração, mas que tenham o cuidado com a vida, para este momento e para as gerações futuras, a gente sai daqui numa nova conjuntura, buscando um diagnóstico mais preciso”. Padre João disse ainda que tudo que foi aprovado e está para ser aprovado nos órgãos federais e estaduais serão requeridos, seja na questão do tráfego, ambiental e na atividade econômica.


Leleco ressaltou que a reunião também foi útil para informar a comunidade sobre a privatização da BR 356. “ Aqui neste trecho se aponta a cobrança injusta de tarifas altas, sem nenhum projeto aprovado, apenas a implantação dessas cabinas chamadas de pedágio, por isso as lutas se somam. A gente vai percebendo que a estratégia de privatização dessa rodovia é para servir às mineradoras”.
Leleco denunciou que o governador “nem pôs os pés em Mariana no Dia de Minas, mas que está interessado nos recursos da repactuação do Acordo referente ao rompimento da barragem de Fundão, em 2015”.


De acordo com Leleco a visita serviu, além de sentir na pele a situação da comunidade, para anunciar as medidas que tem tomado para a preservação do patrimônio material e imaterial das comunidades de Glaura, São Bartolomeu, Santo Antônio do Leite e Botafogo.


“Temos um compromisso estratégico com nosso povo mais pobre, é por isso que estamos com o pé na comunidade e é assim que vamos desenvolver esse mandato, juntos para servir”.
O Projeto de Lei 1.116/2023 declara como patrimônio ambiental, histórico, histórico, cultural, religioso, turístico, paisagístico, hídrico e social, de natureza material e imaterial de Minas Gerais, a Serra do Botafogo (também conhecida como “Serra de Ouro Preto” e “Serra do Amolar”), em Ouro Preto.


O projeto de Lei 1.117/2023 declara como patrimônio histórico, cultural, religioso, turístico, paisagístico e social, de natureza material e imaterial de Minas Gerais a capela de santo Amaro do Botafo, capela Seiscentista que está entre as mais antigas de Minas Gerais, pertencente à Basílica do Pilar, em Ouro Preto.


Após a reunião em Amarantina, os deputados seguiram para Viçosa, onde foi realizado o encontro “Troca de Saberes”, com lideranças de diversas partes do Estado.
Por Marcelino de Castro