Em nova Assembleia Geral realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta quarta-feira, 16, os professores da rede estadual decidiram manter a paralisação. Eles querem que o Governo Estadual cumpra o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional estabelecido por lei.
A categoria está em greve desde 9 de março e se mobiliza também contra o Regime de Recuperação Fiscal proposto pelo governador Romeu Zema. Se aprovado, além de congelar os salários e carreiras, paralisaria ainda a realização de concursos e reajustes salariais por até nove anos, sucateando a Educação Pública em Minas Gerais.
Ao lado de seus colegas servidores estaduais da Educação, o vereador ouro-pretano Matheus Pacheco participou ativamente do encontro na Capital e se posicionou publicamente em defesa dos direitos da classe. Em seu discurso, Matheus, que é professor de geografia da Escola Estadual Dom Pedro II, lembrou as dificuldades vivenciadas nos últimos anos, ressaltando a ausência de suporte às atividades remotas dos professores durante o período de pandemia: “Nós não tivemos um segundo de paz nos últimos anos. Em teletrabalho, nós compramos nossos celulares, nossos notebooks, nós pagamos nossa internet e o governador não nos ajudou em nada”, disse o vereador, em seu discurso aberto.
Os servidores da rede estadual de Educação, que estão com os salários congelados desde 2016, querem uma recomposição salarial de 33%, mas o reajuste proposto pelo Estado é de apenas 10,06%. A exigência do Piso afetaria todas as categorias, beneficiando também os Auxiliares de Serviço da Educação Básica, que recebem menos de um salário mínimo, R$890,00 ao mês. Na manhã desta quinta-feira, 17, um ato de protesto foi realizado na porta da Cidade Administrativa, em BH.
Foto destaque: A coordenadora do SindUTE Ouro Preto, Rosane Oliveira Gonçalves, também participa dos manifestos contra a política educacional do governo estadual
Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto