Dos cartões postais da histórica Mariana, a Igreja de São Francisco de Assis, localizada na Praça Minas Gerais, faz parte de um dos pontos mais visitados pelos turistas na cidade, juntamente com a Igreja Nossa Senhora do Carmo, no Centro Histórico, carinhosamente apelidadas pelos moradores de “Duas Igrejas”. A igreja de São Francisco teve suas obras de restauração iniciadas em 2019, no mês de junho, com entrega prevista para janeiro de 2023. As intervenções acontecem juntamente com a restauração da Casa do Conde de Assumar, futura sede do Museu de Mariana, com data prevista para entrega em junho de 2023.
A obra conta com a restauração completa do edifício e elementos artísticos, incluindo estruturas, telhado e cobertura, alvenaria, pisos, forros, esquadrias, revestimentos, pinturas, elementos arquitetônicos, instalações prediais e todos os elementos artísticos da Igreja. O trabalho prevê, ainda, a execução do projeto expográfico para implantação da sede do futuro Museu de Mariana, na Casa do Conde. A obra contou, em média, com 35 funcionários diretos e 18 indiretos, e um investimento total de R$ 15.315.963,78.
Após a reforma, o local volta a receber a visitação dos turistas e moradores.
HISTÓRIA
O início da construção da Igreja de São Francisco de Assis, em estilo rococó, que constitui uma etapa da evolução do barroco mineiro, ocorreu em 1761, onde coube à Ordem Terceira de São Francisco a iniciativa da edificação de sua própria igreja, por meio da licença concedida por D. Frei Manuel da Cruz. A construção da capela foi iniciada em 1762, e obedeceria ao risco de autoria do Padre Ferreira da Rocha, porém, esse risco não foi adotado, na qual, foi substituído ainda no mesmo ano pelo arquiteto José Pereira dos Santos.
Na igreja estão os restos mortais de Mestre Ataíde, nascido na cidade, que realizou pinturas da nave, sacristia e três imagens da paixão. Além disso, alguns elementos foram esculpidos e talhados por Aleijadinho, que já foi considerado o maior escultor da arte colonial Brasileira e, Mestre Ataíde, maior pintor.
No período em que a igreja foi construída, a Primaz de Minas vivia o ápice da sua história, por isso a grandeza da construção em diversos sentidos (tamanho, detalhamento e peças de ouro).
Por Lívia Vieira
Fotos: Silvio Luiz