Mariana – O prefeito em exercício, Juliano Duarte assinou na tarde desta terça-feira, 19/04, convênio com a Sociedade Beneficente São Camilo, para a construção e implantação de 10 leitos de UTI, que serão mantidos com recursos do Município. O Convênio foi realizado após a realização de viabilidade técnica.
A UTI será instalada próxima da UPA São Pedro, que será entregue no mês de dezembro.No auge dos casos de Covid-19, os pacientes marianenses eram internados na Santa Casa de Misericórdia, em Ouro Preto.
A iniciativa surgiu de uma indicação do presidente da Câmara, Ronaldo Bento. Os vereadores Maurício Antônio, Zezinho e Pedrinho Salete, Ricardo Miranda, Tikim Mateus, Manoel Douglas “Preto”, do Cabanas, Sônia Azzi presentes assinaram o convênio como testemunha.
Juliano Duarte destacou que a rede São Camilo fez um estudo de viabilidade técnica, que comprovou a capacidade a capacidade de instalação dos 10 leitos. Foram comprovados o número de transferências, tanto para a rede privada como para o SUS, e os principais hospitais que receberam os pacientes de Mariana. “O estudo comprovou, feito isso, o município fez o bloqueio orçamentário, enviamos para a Câmara, agradeço todos os vereadores que foram unanimes, por entenderem a importancia do grande passo que a Prefeitura Municipal de Mariana dá hoje na celebração deste convênio”.
Segundo Juliano, a UTI garantirá que a cidade possa realizar procedimentos de alta complexidade. “Hoje Mariana realiza procedimentos de média complexidade, mas para os tratamentos de alta complexidade é necessário ter uma unidade de tratamento intensivo, e ai vem a dificuldade, quando a pessoa precisa de um suporte avançado, a rede SUS fácil não depende só médico, muitas vezes essa rede está cheia. É comprovado que no Estado de Minas Gerais o número de leitos de UTI é insuficiente. Mariana deu essa passo importante, a cidade de Itabirito, através do prefeito Orlando Caldeira, também deu um passo importante na construção dos 10 leitos. A região dos Inconfidentes vai ser fortalecida com uma rede que vai dar suporte para toda a população. A gente só sabe o valor de uma UTI quando a gente precisa, e muitas vezes nem pagando a gente consegue”.
O prefeito em exercício destacou que durante a Pandemia foi realizado uma convenio para 10 leitos de UCI, que “Mariana foi a cidade da região que teve o menor número de óbitos por Covid, porque foi um trabalho sério, esses 10 leitos de UCI possibilitou salvar muitas vidas, no momento em que foi necessário entubar um paciente, fazer uma ventilação mecânica, uma monitorização, que funciona até hoje para atender o cidadão marianense, vamos para mais, vamos sair de 10 leitos de UCI, e vamos para 10 leitos de UTI”.
De acordo com Juliano Duarte, a gestão trabalha para que Mariana tenha uma das melhores saúdes públicas do país. Serão investidos R$ 4.800,00 para a construção do local que abrigará os leitos e a compra dos equipamentos. O cronograma de desembolso encerrará em maio de 2023, os leitos serão credenciados junto ao estado, que tem déficit de leitos de UTI.
“Credenciando no Estado, uma parcela o Estado vai pagar, e a maior parcela quem vai pagar é a Prefeitura de Mariana, porque entendemos que a saúde é prioridade, a nossa população merece. Mariana depende de outro municípios, nada mais justo que nossa população ter esse equipamento importantíssimo, é um grande avanço. Mariana vira uma página da sua história hoje. è uma decisão de governo. sabemos que o custeio não é barato, mas saúde é prioridade, a população precisa de saúde de qualidade, temos uma estimativa de valor de cerca de R$ 500 mil por mês, a gente tem responsabilidade, mas independente do município pagar, a gente vai buscar parceiros, não só o estado, mas sabendo que as mineradores têm uma responsabilidade e ainda vamos chegar nelas”, enfatizou Juliano.
A pandemia colocou luz sobre a situação hospitalar em todo o mundo. Em Mariana, a capacidade de realizar tratamentos de alta complexidade foi testada. Segundo o diretor Técnico do Hospital Monsenhor Horta, Doutor Antônio Azzi, muitas vidas poderiam ter sido salvas se a cidade contasse com a Unidade de Terapia Intensiva. “Estamos abrindo um novo ciclo em Mariana. É um legado que a Covid trouxe para nós, quantas pessoas morreram sem conseguir ter uma CTI. Lugares de recursos muito menores que Mariana, e Mariana não tinha nada. Então hoje, quero agradecer em nome do hospital, Juliano, Danilo, a secretaria de Saúde, o Hospital Monsenhor Horta por essa oportunidade que está nos dando, muito obrigado”.
Reportagem: Marcelino de Castro