O Brasil receberá uma missão de observação da Organização dos Estados Americanos (OEA) para acompanhar as eleições municipais de novembro próximo. O acordo foi assinado nesta sexta-feira (9), em Washington, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, e pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro.
A exemplo das eleições gerais de 2018, os integrantes da Missão de Observação Eleitoral da OEA terão livre acesso aos locais de votação e aos dados gerais das eleições. Mas, desta vez, os observadores seguirão o protocolo sanitário instituído pela Justiça Eleitoral brasileira para prevenir e evitar transmissão da Covid-19 nos locais de votação.
O acompanhamento da comunidade internacional reforça a integridade e garante ainda mais transparência ao processo eleitoral brasileiro. Na eleição deste ano, mais de 147 milhões de eleitores escolherão prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de 5568 municípios, números que conferem ao Brasil o título de quarta maior democracia do mundo.
Após o término da eleição, a Missão emitirá um relatório de auditoria que poderá ou não conter recomendações. O relatório não tem como finalidade julgar a eleição, mas aferir a sua qualidade, podendo eventualmente, conter sugestões que aperfeiçoe o sistema. Ao longo das ultimas décadas, a entidade efetuou dezenas de missões do gênero em vários dos seus países-membros.
Viagem Oficial
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral está nos Estados Unidos em viagem oficial que inclui vários compromissos. Ele também se reuniu com a International Foundation for Electoral Systems (IFES), onde foram debatidas possibilidades de cooperação em políticas de inclusão social e participação política e em combate à desinformação.
Além do acordo assinado com a OEA, Luís Roberto Barroso também se encontrará com o comissário da Comissão de Assistência às Eleições dos Estados Unidos (U.S. Election Assistance Commission, EAC), Thomas Hicks.
A agenda oficial incluiu ainda a entrevista no Wilson Center com membros do Brazil Institute e diplomatas, e a participação no seminário virtual “Limites e possibilidades para o Direito Constitucional do século XXI”, com os Professores Mark Tushnet (Harvard) e Bruce Ackerman (Yale).
Fonte: TSE.JUS.BR
Foto: TSE