Belo Horizonte – O Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia do coronavírus no estado, suspendeu, na macrorregião de Saúde Leste do Sul, os protocolos da onda amarela do plano Minas Consciente. O programa foi criado pelo Governo de Minas para promover a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras, sugerindo medidas que preservem a saúde dos mineiros.
A orientação do grupo técnico é que a macrorregião Leste do Sul volte para a onda branca, unindo-se às regiões Norte e Sul, que têm uma taxa de ocupação de leitos controlada até o momento. Como forma de prevenção, deverão ser fechados temporariamente estabelecimentos como papelarias, salões de beleza e lojas de roupas. Podem continuar funcionando os serviços essenciais e as atividades autorizadas na onda branca, a exemplo das autoescolas, lojas de artigos esportivos e floriculturas.
Já as outras 11 macrorregiões de Saúde do Estado deverão seguir os protocolos da onda verde, abrindo somente os serviços essenciais, como padarias, farmácias e supermercados.
Medidas de prevenção
A medida pretende preservar a saúde da população, já que Minas Gerais apresentou aumento expressivo no número de casos da doença na última semana, colocando em risco a capacidade assistencial da rede hospitalar. O governador Romeu Zema ressaltou a importância de manter as medidas de prevenção, como o isolamento social e o uso de máscara, para desacelerar a disseminação do vírus.
“Precisamos ter em mente que ainda não vencemos o jogo – ainda devemos estar em 20 minutos do primeiro tempo. Isso vai demandar paciência e comprometimento da população. Um Estado sozinho não consegue fazer tudo. Estamos tomando todas as medidas necessárias e, por isso, o Estado está mais estruturado a cada dia. Mas, se as pessoas estiverem fazendo churrasco, saindo de casa desnecessariamente e reduzindo o uso de máscara e a higiene das mãos, não teremos como conter o avanço dessa pandemia. Peço a todos que participem desse esforço”, pediu.
Zema também salientou que algumas cidades mineiras já decretaram o lockdown, quando o distanciamento social se torna obrigatório e as medidas de abertura são mais rígidas até mesmo para os serviços essenciais. Ele também destacou que existe a possibilidade de o Executivo estadual adotar a medida nas macrorregiões que apresentarem uma taxa de ocupação hospitalar considerada crítica.
“Provavelmente, não decretaremos lockdown em todo o estado, pois Minas possui um território muito amplo e precisamos avaliar a situação de cada região. Mas não descartamos a possibilidade de fechar as regiões que estiverem mais críticas. É uma medida extrema, mas que pode ser necessária para preservar a saúde de todos os mineiros”, disse.
Todas as mudanças definidas na reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 passarão a valer a partir do próximo sábado (27/6), com a publicação no Diário Oficial do Estado.
Minas Consciente
Até o dia 24 de junho, 155 prefeituras já tinham oficializado a adesão ao Minas Consciente, impactando 3,7 milhões de mineiros. O plano setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença.
As mudanças de ondas são avaliadas semanalmente pelo Comitê Extraordinário Covid-19. Além do governador e de todo o secretariado do Executivo mineiro, o grupo, criado especialmente para monitorar o avanço da epidemia no estado, conta com representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado.
Fonte: Central de Imprensa Gov-MG