Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto

A cidade de Ouro Preto se despede hoje de Luiz Antônio Rodrigues (1956-2022), o Chiquitão, figura importante do cenário da cultura local que atuou nas mais diversas vertentes criativas das Artes. Era desenhista, ilustrador de livros, cenógrafo e também restaurador e colecionador de antiguidades.

Ele, que reuniu ao longo do tempo milhares de objetos de ferro provenientes do século XVIII e XIX, realizou em 2014 uma intervenção urbana artística intitulada “Arqueologia Poética: a estética do cotidiano e da memória”, uma instalação composta por uma coleção de objetos de ferro de uso cotidiano pertencentes à história da cidade.

Luis Antônio Chiquitão manteve por um longo tempo seu ateliê-antiquário na esquina do Pilar, no sobrado colonial de sua família, parada obrigatória dos turistas, mas também dos amigos que por lá passavam constantemente, tanto para apreciar as obras de sua autoria e seu acervo de antiguidades, como também para uma proveitosa prosa, sempre repleta de conhecimentos e sabedoria.

Tudo isso bem ao lado da casa de outro artista ilustre da cidade, que também nos deixou recentemente, o Vandico. Sem esses dois ícones da Arte Ouro-pretana, a esquina da Igreja do Pilar nunca mais será a mesma.