Germano – Após a apresentação do projeto concluído para que a Samarco alcance 60% de sua capacidade operacional, o presidente da empresa, Rodrigo Vilela franqueou a palavra ao prefeito eleito Juliano Duarte, ao prefeito Celso Cota e ao prefeito de Ouro Preto Angelo Oswaldo.


Em seu discurso Juliano destacou que a Samarco é importante para a cidade, que gera empregos, impostos que a Samarco nasceu em Mariana. Ele lembrou as dificuldades que a cidade passou após o rompimento. Se dirigindo ao presidente disse que manterá constante diálogo com a empresa. “Nós sabemos da importância da mineração para o nosso município, para a nossa economia, mas nós queremos também cada vez mais o compromisso social das empresas […] com o nosso início precisamos lavar mas precisamos o compromisso social no município de maior estamos falando aqui hoje de mais de 3000 empregos diretos e direto nossa cidade não sou Mariana mas seguro preto cumprimentar também o prefeito hoje em Osvaldo fazemos embargos significativos no sistema de abastecimento de água hoje de manhã a mobilidade urbana na saúde e na educação e no décimo prefeito Celso quando Nós temos projetos estruturantes para melhorar a qualidade de vida do nosso povo […] nós queremos a nova Mariana[…] Rodrigo em relação à repactuação que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal, assinado pelo governo federal, pelo governo de Minas […] a gente vai tentar melhorar esse acordo […] A nossa maior reclamação em relação ao tempo de pagamento demorou 9 anos, para a repactuação acontecer, 9 anos e nós estamos falando de um pagamento que vai acontecer em 20 anos. Nós estamos falando que em 29 anos que Mariana levará para receber o valor que nós é devido, que é legal, que é justo e deveria ser de imediato. Então, nós vamos buscar também diálogo com as mineradoras [..] para que o prazo de 20 anos, possa ser diminuído, pois o município tem grandes problemas sociais e nós precisamos de investimento de recursos para sanar esses problemas”, enfatizou o prefeito eleito.

Celso Cota ressaltou que quando a mineração faltou, pelo rompimento de Fundão e por paralisações da Vale, ficou claro o impacto na receita municipal, “feliz a cidade que tem riquezas a serem exploradas”. Ele destacou que a empresa foi construída pelos filhos de Mariana, que dentre as mineradoras é uma empresa humanizada. Ele acredita que a meta de alcançar 100% da produção será alcançada antes do prazo, pelo trabalho dedicado dos funcionários.

Celso Cota frisou que deixa para seu sucessor projetos estruturantes como a alça viária, que reduzirá o trânsito dentro da cidade a nova Mariana, que o poder público municipal tem feito sua parte, que no censo demográfico ficou comprovado que a população flutuante está em torno de 50 mil pessoas, já constroem famílias na cidade e matriculam seus filhos na rede municipal de ensino e que a cidade tem 65 mil habitantes, por isso é importante o projeto da Nova Mariana.

Angelo Oswaldo salientou que a Samarco é uma empresa diferenciada, cidadã. “Eu sempre via essa singularidade da Samarco, por ser uma empresa humanizada, empresa solidária com Mariana e com Ouro Preto, a Samarco está no chão de Ouro Preto, nosso querido distrito de Antônio Pereira”.
Para o prefeito reeleito de Ouro Preto, a cidade foi prejudicada por não ter sido reconhecida como atingida, apenas por estar a montante da barragem. Angelo Oswaldo disse que o solo e o subsolo das minas da Samarco está também no território de Ouro Preto. Que mais uma vez, a cidade foi prejudica, sem participação na repactuação, como os demais municípios que ficaram com 4% do valor determinado na repactuação. ele lamenta que “neste momento da repactuação da compensação, nós sejamos submetidos a um a redistribuição tão ínfima”

Angelo Oswaldo ressaltou que não é contra a mineração, “nós somos mineiros, porque somos mineradores desde sempre, tivemos o ciclo do ouro agora temos o ciclo do ferro. O Ciclo do Ouro nos deixou o barroco, o ciclo do ferro não pode nos deixar o barro. Nós precisamos ter qualidade, não só naquilo que estamos construindo hoje, mas no legado que vamos deixar para as novas gerações, nós temos 100 anos de mineração ainda pela frente. É importante que essa atividade esteja sintonizada com os ideais de nossa comunidade”, destacou o prefeito de Ouro Preto.

Por Marcelino de Castro