Por: Reuber Koury, diretor de Projetos e Sustentabilidade da Samarco
Para nós da Samarco, a sustentabilidade deve estar presente no nosso dia a dia e nortear nossos processos de gestão e visão do nosso futuro. Só conseguiremos alcançar nosso propósito de fazer uma mineração diferente, conduzindo nosso negócio baseados em boas práticas ambientais e sociais.
Neste sentido, lançamos recentemente a Declaração de Compromisso com a Sustentabilidade da Samarco, alicerçada na governança e cultura organizacional, estruturada ainda em três pilares: relações sociais, meio ambiente e segurança e inovação.
Para a construção da declaração, revisitamos a estratégia de sustentabilidade, com base nos princípios ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), nos indicadores de sustentabilidade do Pacto Global da ONU e iniciativas da International Council on Mining & Metals (ICMM). Apostamos em um processo colaborativo, que envolveu todas as áreas da empresa, além de pesquisas e entrevistas com lideranças e formadores de opinião, com um único objetivo: contribuir para o desenvolvimento participativo e integrador nos territórios e comunidades que nos recebem em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Na Samarco, o conceito de sustentabilidade é um instrumento adotado na estratégia organizacional. Refletimos sobre o tema no setor mineral e no relacionamento com as comunidades, como um grande catalisador para a evolução da cultura e inovação nos processos.
Sabemos que o futuro da Samarco depende de uma mineração diferente e sustentável e, por isso, retomamos nossas operações de uma forma diferente. Incorporamos no processo produtivo um novo sistema de disposição de rejeitos, no qual 80% dos rejeitos serão filtrados e empilhados a seco e os 20% restantes dispostos em uma cava confinada. A inovação, aliada às novas tecnologias, permite que 90% da água extraída com a filtragem seja recuperada e recirculada, o que torna o nosso processo mais sustentável e reduz os impactos sobre o meio ambiente.
Ao longo dos anos, desenvolvemos estudos para aproveitamento do rejeito proveniente do beneficiamento do minério de ferro de maneira sustentável, internamente e também para outros mercados. Atualmente, esse tema é um dos pilares estratégicos do retorno das operações da Samarco.
Este ano, a startup EcoMud, uma das equipes da primeira edição do Desafio MinerALL, uma iniciativa da Samarco e da Neo Ventures que visa à construção de uma ponte entre as inovações e o mercado por meio do empreendedorismo, propôs uma solução de baixo custo e que utiliza rejeito como matéria-prima para uma pavimentação de alta durabilidade. Em Mariana (MG), 10,5 quilômetros foram pavimentados utilizando rejeito, contemplando as comunidades de Goiabeiras, Cuiabá e Constantino, oferecendo durabilidade semelhante a tradicional, se tornando uma solução eficiente, podendo ser utilizado, principalmente, na construção civil.
E, mais do que isso, fazer uma mineração diferente, é estar em conformidade ambiental, ao adotarmos medidas importantes, conduzidas de forma técnica e transparente, e estar em dia com todas as condicionantes ambientais, entre elas destacamos a reflorestamento de 500 hectares, cerca de 500 campos de futebol, com espécies nativas.
Mas, sabemos que devemos e podemos fazer ainda mais. A partir dos nossos aprendizados com o rompimento da barragem de Fundão, revisitamos e aperfeiçoamos práticas e buscamos fazer uma mineração diferente. Para isso, olhamos para frente e seguimos firmes em nosso propósito e pretendemos demonstrar para a sociedade, por meio de nossas práticas, que estamos dispostos a promover uma transformação positiva em nossos processos e, principalmente, em nosso setor e na sociedade.
Foto: Alexandre Rezende