Em coletiva virtual realizada nesta sexta-feira (8/5), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, destacou o funcionamento de mais uma estratégia do governo no combate ao coronavírus: o app Saúde Digital, que foi lançado pelo governador Romeu Zema, na ocasião. O serviço de telemedicina, por meio do aplicativo, possibilitará que os pacientes tenham acesso a médicos, enfermeiros e psicólogos, sem necessidade de sair de casa, reduzindo as chances de contágio.
O governador avaliou que “por meio da telemedicina, vamos melhorar o atendimento médico no estado, tornando a consulta mais ágil e resolvendo um problema a distância que não precisaria ser resolvido presencialmente”. E o secretário Carlos Eduardo comentou que a expectativa é de que a tecnologia possibilite que os profissionais de Saúde façam uma triagem adequada de pacientes com suspeita de covid-19, desafogando a busca por atendimentos presenciais nos serviços hospitalares e de pronto atendimento.
Boletim
O secretário também discorreu sobre a última atualização do Informe Epidemiológico, disponibilizado para consulta na manhã desta sexta (8/5). Até o momento, Minas Gerais registra 2.943 casos e 111óbitos confirmados em decorrência da covid-19.Há, ainda, 140 óbitos em investigação e outros 477 descartados.
Questionado sobre a diferença de números dos registros de óbitos realizados em cartórios e aqueles publicados pelo Informe Epidemiológico, o secretário esclareceu como funcionam esas notificações na SES-MG. “A declaração de óbito, com a qual será feita a Certidão de Óbito, nos cartórios, não quer dizer, absolutamente, que se tem a certeza daquele diagnóstico”, declarou, ao mencionar que o documento é elaborado, em boa parte das vezes, com base em causas prováveis.
“Temos momentos diferentes dentro da contabilização e investigação dos óbitos. Nós estamos acompanhando muito de perto e não há interesse da Secretaria Estadual de Saúde em não ser transparente ou em modificar os dados”, declarou o secretário.
Carlos Eduardo Amaral adiantou que há planos para aumento da testagem em Minas Gerais. “Nós estamos discutindo com toda a equipe técnica, qual seria esse caminho, como nós elevaríamos o volume de testagem. No entanto, a SES tem um padrão de testagem definido desde o início da transmissão comunitária e esse padrão está alinhado conforme orientação do Ministério da Saúde”, apontou.
Dados
O secretário comentou ainda sobre a possibilidade de subnotificação no Estado, e alegou ser “algo que não é demonstrado”. Amaral justificou: “Isso é muito fácil de constatar. Em Minas Gerais ainda há leitos disponíveis, a transmissão do vírus na sociedade aqui tem sido diferente do que se vê em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Amazonas, no Ceará, por exemplo”, disse
Outra questão exposta pelo secretário é a demanda mundial pela aquisição de testes. “O mundo inteiro está tendo demanda por testes, então é importante entendermos o cenário de escassez de testes e dificuldades”.
Retomada econômica
Em relação à retomada da atividade econômica, Amaral descartou a necessidade imediata de testagem. “Nós ainda não temos uma transmissão muito grande no estado, conforme sinalizado pela não ocorrência, no momento, de uma sobrecarga no sistema de saúde”, avaliou.
O secretário ainda lembrou a estruturação da rede de saúde para absorver a demanda por atendimentos, dando como exemplo a ampliação em 60 leitos no Hospital Mário Penna, visitado nesta sexta-feira por ele e pelo governador Romeu Zema.
Dia das Mães
Amaral apelou para que a população evitem aglomerações e contato pessoal no próximo domingo, Dia das Mães. “Estaremos cuidando das pessoas, tomando as medidas de prevenção e os cuidados de higiene como o uso de máscaras e o hábito de lavar constantemente as mãos. Há, ainda, a possibilidade de cumprimentar as mães de longe, evitando reuniões”.
Minas Consciente
Ainda na coletiva, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, mencionou que no âmbito do programa Minas Consciente, o momento atual não é de uma fiscalização ostensiva, mas sim de estímulo à cooperação. “O Estado não pode interferir na autonomia dos municípios. Por outro lado, acreditamos que a maior fiscalização disponível no momento é justamente o acompanhamento dos dados do crescimento da doença, com os monitoramentos feitos pela Secretaria de Saúde”.
Igor Eto ressaltou a importância da padronização estabelecida pelos protocolos, o que propiciará que Minas tenha uma direção segura a seguir.
Fonte: Agência Minas
Foto: Gil Leonardi