Na semana em que o planeta celebra o Dia Mundial da Água, em 22 de março, a Saneouro dá início a duas obras que vão representar o avanço do tratamento de esgoto em Ouro Preto e, por consequência, a despoluição de rios que passam pelo município. Nesta quarta-feira, dia 19, começou a mobilização no terreno em que será construída a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Osso de Boi, na sede. A reforma
civil da ETE Parque da Lagoa, que vai tratar o esgoto do bairro de mesmo nome, em Cachoeira do Campo, também teve seu pontapé inicial.
As duas unidades, quando estiverem em operação, vão devolver água limpa para o ribeirão Funil, no caso da ETE Osso de Boi, e para afluente do córrego Holanda, integrante da bacia do Rio das Velhas, no caso da ETE Parque da Lagoa.
“Não havia forma melhor de comemorarmos a data mais importante do ano para nós, que é o Dia Mundial da Água”, diz o superintendente da Saneouro, Evaristo Belini. Ele explica que o tratamento de esgoto representa a finalização do ciclo do água, já que devolve a água limpa para o leito dos rios, o que resulta na melhoria das condições de saúde da população e na preservação do meio-ambiente. “Muita gente não entende que esgoto nada mais é que água. E quando você trata o esgoto, você devolve água
em boas condições aos rios, despoluindo-os”, acrescenta o dirigente.
A ETE Osso de Boi vai tratar 100% do esgoto coletado na sede de Ouro Preto, ao final de sua segunda etapa. O investimento total previsto na construção da estação e das redes e estações elevatórias é de R$ 40 milhões. A unidade terá capacidade de tratar 125 litros de esgoto por segundo. A água resultante do processo de tratamento voltará limpa ao Ribeirão Funil.
A Comin, empresa contratada pela Saneouro para fazer as obras, chegou ao terreno, com equipamentos, máquinas e os operários. A previsão é que a primeira etapa da ETE fique pronta em 18 meses.
Já em Cachoeira, a ETE Parque da Lagoa terá capacidade para tratar 4,2 litros de esgoto por segundo. As obras iniciadas esta semana visam a reforma estrutural da unidade, que foi construída há muitos anos e encontrava-se inativa. A água resultante do tratamento será lançada em um afluente do córrego Holanda, que integra a bacia do Rio das Velhas.


Esgotamento sanitário em Ouro Preto
Atualmente, a Saneouro opera uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no distrito de São Bartolomeu. Com isso, o índice de esgoto tratado, diante do que é coletado em todo o município, é de 0,67%.
Segundo Evaristo Bellini, a Saneouro já tem estudos avançados sobre as melhores tecnologias e soluções para o tratamento em todos os distritos ouro-pretanos. Ele enfatiza que trazer o tratamento de esgoto é oferecer mais qualidade de vida e saúde à população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, economiza-se R$ 9,00 em saúde pública.

Isso porque o saneamento adequado diminui o número de doenças de veiculação hídrica, ou seja, aquelas disseminadas pela água (disenteria, diarreia, viroses, cólera, leptospirose, esquistossomose, hepatite A e febre tifóide, entre outras) e, por consequência, diminui o número de internações hospitalares e consultas médicas acarretadas por essas doenças. “Iniciamos nossa atuação em Ouro Preto em 2020, é uma concessão de 35 anos de duração e temos muita alegria em afirmar que vamos mudar o panorama do saneamento na cidade e, por consequência, o dia a dia dos moradores”, afirma.


Você sabia?
Dados históricos apontam que Ouro Preto teve o primeiro sistema de tratamento de esgotos da América Latina, construído no século XIX. Os tanques de desinfecção ainda encontram-se na região da Barra, ao fim do Beco da Mãe Chica, mas estão. Os tanques de desinfecção ainda encontram-se na região da Barra, ao fim do Beco da Mãe Chica, mas estão desativados.

Fonte: Saneouro