Anchieta – Após 9 anos desligada, a terceira pelotização da Samarco foi religada na semana passada, dia 23/08, véspera do aniversário empresa, pelo Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, acompanhado do vice governador, Ricardo Ferraço, do presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, e dos representantes dos Conselhos Administrativo das controladoras BHP Biliton do Brasil, Guilherme Tangari e Carla Wilson, representando a Vale S/A esteve presente o conselheiro, Vitor Vieira.

Antes da solenidade  com o governador, o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, concedeu entrevista coletiva para os veículos mineiros e capixabas. Vilela reforçou o compromisso com a segurança das operações e que o dia do rompimento não será esquecido pela empresa e seus colaboradores, pois há um compromisso público de “fazer uma mineração diferente, mais segura, mais responsável e mais sustentável”.

Rodrigo Vilela explicou os passos  que a empresa percorreu para alcançar a retomada, como a licença de operação corretiva emitida em 2020, quando a produção começou com um concentrador. Até dezembro, com a integração entre fábrica e mina, com a reativação do segundo concentrador, será atingida a produção de 60%, da capacidade que a empresa tinha em 2015. “Esse é nosso marco, claro que já estamos mirando no futuro”.

Vilela frisou que um dos pilares da estratégia da empresa  é a retomada gradual. “Um passo de cada vez, buscando evoluir na engenharia sem a utilização de barragem. E o que nós priorizamos lá em 2020, é a descaracterização das barragens de alteamento a montante […] A cava de Germano já está totalmente descaracterizada e, nós praticamente estamos terminando a descaracterização da barragem de Germano, com muito esforço, estudos, processos de licenciamentos adequados para que possamos chegar em 2028 utilizando as usinas que estão paradas”. 

Desde sua retomada em 2020, até hoje já foram produzidas 30 milhões de toneladas. Atualmente a empresa tem 15 mil funcionários, sendo 11.500 em Minas Gerais. Rodrigo Vilela destacou que a Samarco além de contratar mão-de-obra local, a empresa visa também a contratação de fornecedores locais. “Hoje nós estamos com mais de 85% de mão de obra local, no Espírito Santo esse número é ainda maior. Quando falo de 85% é de gente da região, isso é muito importante, essa estratégia muito bem estabelecida está baseada na diversidade e no primeiro emprego”.

Outro ponto destacado pelo presidente Rodrigo Vilela,  é que a Samarco produz pelotas, produto competitivo no mercado internacional, que gera valor agregado para o país. Além de ser importante para a descarbonização, a qual será fundamental não somente para o Brasil, mas para o mundo. Ele explicou que uma tonelada de pelotas, emite 10 vezes menos CO², do que o processo siderúrgico convencional com o minério in natura.

Rodrigo disse que sabe que a empresa é reconhecida em Minas Gerais e no Espírito Santo,que todos estão motivados em reescrever a história da Samarco. “A gente jamais vai esquecer” do rompimento. Ele disse ainda que a empresa trabalha “de maneira muito responsável, para que nunca mais ocorra, que realmente a gente consiga reescrever a história da Samarco”, concluiu. 

Por Marcelino de Castro