Inscrições podem ser feitas até 28/02 no site www.ia.art.br. a equipe do ia selecionará seis artistas para cada edição do programa de residência.

Faltam poucos dias para encerrar as inscrições dos dois primeiros Programas de Residência do IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto, que propõe quatro Programas em 2022. O edital está aberto até o dia 28 de fevereiro no site www.ia.art.br e um dos temas que vem chamando a atenção do público é o OFÍCIO, diante das múltiplas abordagens sobre o assunto. O resultado da convocatória será anunciado no dia 14 de março.

Com execução prevista para o período de 9 de maio a 21 de junho, o tema OFÍCIO surge como possibilidade de construir sentidos com artistas participantes interessados em conceitos e temas relacionados, mostrando a criatividade sobre algo que envolve todas as pessoas. 

O fazer e suas técnicas implicadas em cada trabalho, o conjunto de saberes envolvidos em cada ofício, os modos de fazer com o corpo, com o outro, em comunidade, a poiesis, os legados do trabalho no que chamamos de tecnologias e patrimônio são alguns dos exemplos de possíveis pontos de encontro e partida para o grupo de residentes participantes. 

Além desse tema, o outro Programa de Residência que acontece no 1º semestre tem a temática “Extinção” e acontecerá entre 21 de março e 28 de abril. Em ambos ocorrem encontros virtuais e orientação curatorial e pedagógica em âmbitos coletivos, individuais e em duplas, além de públicos em lives e redes sociais.

Cada participante receberá uma bolsa de R$ 3.000,00 para desenvolvimento de pesquisa e participação no programa. Podem se inscrever na convocatória artistas visuais; artistas educadoras e educadores; pesquisadoras e pesquisadores. Em cada

uma das residências participarão seis artistas, sendo duas pessoas residentes de Ouro Preto, duas de outras cidades de Minas Gerais onde a Gerdau atua (Barão de Cocais, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Divinópolis, Itabirito, Ouro Branco e Três Marias) – caso não seja possível encontrar artistas desses municípios, a convocatória amplia para outras cidades do estado – e duas de outros estados brasileiros. 

A seleção leva em consideração questões relacionadas a gênero e raça e parte das vagas são reservadas a participantes pretas e pretos, pardas e pardos, pessoas indígenas e pessoas transgêneros, travestis e transexuais.

A seleção dos candidatos contará com um júri composto por uma pessoa da equipe do IA e pelas curadoras do programa Tainá Azeredo e Valquíria Prates, que também serão responsáveis pelo acompanhamento curatorial e pedagógico dos Programas de Residência Artística 2022.

Com práticas educativas e artísticas do início ao fim das residências, unindo os dois campos em um mesmo diálogo, as curadoras Tainá Azeredo e Valquíria Prates tomam como inspiração poética para os Programas os Círculos de Cultura do educador Paulo Freire, com um conjunto de atividades e acontecimentos que fazem parte da formação e autoformação de artistas.

Até o fim do ano, 24 artistas participarão das residências artísticas do IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto em quatro programas distintos. Uma nova convocatória será chamada ao público em junho de 2022 para outros dois programas a serem realizados no segundo semestre. 

O Projeto é idealizado pelo IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto, realizado pelo Ministério do Turismo e conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio da Gerdau.

Sobre IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto

O IA – Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto tem por sua natureza fomentar o encontro e intercâmbio entre a população de Ouro Preto, artistas e artesãos locais e agentes do campo da arte de outras regiões. O embate entre tradição (representada pelo esplendor barroco da cidade patrimônio cultural da humanidade) e a contemporaneidade (com foco no caráter efêmero da arte contemporânea) constitui a essência do IA, a partir de quatro pilares principais: a troca entre diferentes atores sociais, o diálogo entre linguagens artísticas distintas e entre o passado, o presente e o futuro, a desconstrução do status quo que subjuga a arte ao mercado e a tendências regidas pelo mercado e a decolonização, como forma de se criar e produzir arte contemporânea, a partir da reverência, reconhecimento e legitimação de epistemis e práticas culturais, sociais e políticas da América Latina e do Brasil, especificamente.   

Fonte: Ministério do Turismo e Assessoria Gerdau