Mariana – A pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), Vera Lúcia Salgado participou nesta segunda-feira, 01/08, no clube da CVRD, do lançamento da pré-candidatura de Patrícia Ramos à Assembleia Legislativa. O Evento também contou com a presença da pré-candidata ao Governo de Minas, Vanessa Portugal e do candidato à Câmara Federal, Rafael Ávila, o “Duda”.
A candidatura de Vera Lúcia foi confirmada em convenção do partido realizada no último domingo, dia 31/07, em São Paulo, de onde seguiu para Mariana em seu primeiro compromisso após ter o nome aprovado para a disputa.
Vera Lúcia defende que a polarização entre os candidatos que lideram as pesquisas seja quebrada, e apresenta sua candidatura como alternativa para “defendermos a liberdade democrática. Não podemos sacrificar o povo”.
“Lula já disse que vai acabar com a reforma trabalhista, previdenciária? Não vai. Lula abraçado com Alckmin não fará isso. Nossa liberdade está por ser construída com uma chapa feminina, negra e índigena”.
Perguntada sobre a relação da “grande imprensa”, Vera Lúcia respondeu que pontua nas pesquisas nacionais como a candidata do MDB, Simone Tebet, que tem sido “empurrada” como alternativa de 3ª via.
“Simone Tebet pertence (ao grupo) que exploram outras mulheres, ela é uma mulher que chamamos de burguesa, é como a gente chama. Ela foi do governo Bolsonaro, ela era integrante disso. Ela é ligada ao agronegócio, seu esposo também que é um parlamentar. Ela é de um partido que é tido como grande partido, que tem direito a estar na mídia. Mesmo a legislação não proibindo, os grandes veículos de comunicação atribuem a tarefa de só apresentar as candidaturas de grandes partidos. Aí mesmo que eu tenha, com toda a dificuldade do mundo, não tenho acesso a nada, a mesma pontuação que ela nas pesquisas. Eu não acesso aos grandes veículos de comunicação. Certamente muitas pessoas aqui de Mariana e do país hoje, podem me ver rapidamente nos veículos de comunicação, porque ontem foi a convenção do PSTU, que ratificou meu nome e de Raquel Tremembé para concorrer às eleições presidenciais. Mas não vão me ver na campanha e nos debates, isso é uma forma de invisibilizar, a nossa campanha é muito mais difícil mas é uma campanha necessária”.
A chapa do PSTU à presidente é 100% feminina, encabeçada por Vera Lúcia e tendo como candidata à vice-presidente a indígena Kunã Yporã, da etnia Tremembé, do Maranhão.
Governo de Minas
Vanessa Portugal é a candidata do PSTU ao Governo de Minas, professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte, disputa eleições desde 2002.
Segundo Vanessa Portugal “o acordo do governo de Minas com a Vale é um escândalo. Zema está fazendo negociatas com prefeitos pelo Estado para sua reeleição, com os valores do acordo da Vale”, denuncia a candidata.
A candidata disse Kalil não é uma alternativa ao atual governador. “Zema é execrável, mas não me venha falar que Kalil é uma opção à Zema, eu apanhei literalmente, fomos espancadas, 30 professores na porta porta da prefeitura, quando ele (Kalil) lançou sua candidatura. Nós teríamos mais “likes”, se estivéssemos com eles. Mas não podemos fazer isso com os trabalhadores”, disparou.
Cadeira na Assembleia Legislativa
Patrícia Ramos, que foi candidata à prefeitura de Mariana, lidera a bancada das cidades mineradas. Ela defende um novo modelo de mineração. “Se nós não apresentarmos propostas quem vai nos defender, nossa iniciativa é pela classe dos trabalhadores”. Ela defende novo modelo de mineração em que as comunidades decidam sobre a mineração. “A Samarco voltou sem ser questionada”, interpelou a marianense que busca uma cadeira na Assembleia.
Busca pela cadeira na Câmara Federal
O PSTU na região tem também uma candidatura de bancada, ou coletiva, liderada pelo sindicalista Rafael Ávila, conhecido como “Duda”, tem em Mariana Bruno Teixeira, compondo a bancada. Eles defendem uma nova mineração, reestatizar, sem entregar para ao Estado o controle das empresas, e sim, sob o comando dos trabalhadores, “para que a riqueza da mineração seja distribuída para o conjunto da sociedade”.
Rafael lembra que a Lei Kandir, prejudica os estados mineradores e garante que as mineradoras tenham lucro para dividir com os acionistas. “Você não paga nada na mineração, você paga 2%, dependendo, e acabou, isso só existe na mineração, vamos mudar os impostos pagos pela mineração, porque só assim será distribuída a riqueza socialmente.”
Reportagem e Fotos: Marcelino de Castro/diário de Ouro Preto