Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto
O pedido de suspensão do recesso parlamentar em Ouro Preto, encaminhado pelo vereador Júlio Gori à Câmara Municipal no dia 15 de janeiro não foi analisado. Segundo o presidente da Casa, o vereador Luiz Gonzaga do Morro, a aprovação depende da concordância dos membros da Câmara, porém, ninguém se pronunciou: “Faço gestão compartilhada mas os vereadores não se manifestaram sobre isto, não”.
Gonzaga alegou que alguns estão trabalhando em suas bases e, respeitando o regimento interno, se ao menos cinco dos quinze parlamentares tivessem se manifestado por ofício, uma Reunião Extraordinária poderia ser convocada para votar o pedido. O presidente ainda explicou que ele mesmo não está em recesso, “estou trabalhando na Câmara todos os dias porque coordeno a Casa”.
Júlio Gori, o solicitante, disse que está indignado com a indiferença de alguns colegas vereadores. Segundo ele, diante da situação que a cidade está passando, “nem era preciso chamar, eles tinham de ter a consciência de retornar de forma espontânea para decidir questões como o auxílio-emergencial para as vítimas das chuvas e, também, acompanhar as ações do governo que, em estado de calamidade pública, está dispensado até de fazer licitações para compras e contratações de serviços”. E concluiu: “É um momento muito preocupante para o povo, nosso maior patrimônio, que está abandonado pelo executivo. É uma covardia o que estão fazendo com a população de Ouro Preto”.