A retomada das atividades escolares nas escolas e creches da rede municipal de Ouro Preto continua condicionada aos relatórios da Vigilância Sanitária sobre a situação das escolas e creches do Município. Conforme decidido em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 26 de outubro na sede do Sindicato dos Servidores da Educação de Ouro Preto, SINDSFOP, as aulas só serão reiniciadas nos prédios vistoriados e considerados aptos para a retomada.

São cerca de 50 instituições que integram toda a rede, que inclui escolas, creches e a APAE e, até a última quarta-feira, 17, a Vigilância havia emitido 24 relatórios. Nestes, o retorno presencial só foi recomendado em 10 estabelecimentos educacionais. Os demais, por razões diversas, não foram considerados em condições de garantir a segurança de alunos e funcionários.

As unidades que obtiveram parecer favorável da Vigilância Sanitária para imediato retorno são: Escola Municipal Aleijadinho, Escola Municipal Maria Leandra, Escola Municipal Padre Antônio Pedrosa, Escola Municipal Ana Pereira de Lima, Escola Municipal José Estevão Braga, Escola Municipal de Lavras Novas, Escola Municipal Washington de Araújo Dias, as EMEI (Escolas Municipais de Educação Infantil) Bernardina de Queiroz, Reino da Alegria, e também a APAE.

Já os 14 estabelecimentos que obtiveram parecer desfavorável ao retorno presencial são: Creche Colmeia, Escola Municipal Maria Leandra 2, Escola Municipal Celina Cruz, Escola Municipal Nossa Senhora das Graças, Escola Municipal João Castilho Barbosa, Escola Municipal Doutor Alves de Brito, Escola Municipal Izaura Mendes, Escola Municipal Monsenhor Rafael, Escola Municipal Alfredo Baeta, Escola Municipal Inácio de Souza, Escola Municipal Padre Carmélio, Escola Municipal Juventina Drummond, Escola Municipal Doutor Pedrosa e a Escola Municipal Tomás Antônio Gonzaga. `

O presidente do SINDSFOP, Leandro Andrade Cardoso, informou que o Sindicato recomendou o encerramento da greve sanitária, instaurada desde o mês de agosto de 2021, aos servidores que atuam nos estabelecimentos classificados como seguros pelos laudos da Vigilância Sanitária. Leandro destaca que aqueles que permanecem em greve “não estão sem trabalhar, pois continuam atendendo os alunos de forma remota”. Ele conta também que muitas famílias ainda não se sentem seguras para encaminhar seus filhos para a escola, pois a vacinação de crianças na faixa etária atendida pela rede municipal de ensino ainda está no início, e os alunos da Educação Básica, infantil e fundamental, ainda foram completamente imunizados.

Contradições e incertezas

Apesar dos relatórios da Vigilância Sanitária recomendarem o retorno das aulas nas escolas Aleijadinho, Doutor Pedrosa e Maria Leandra, o recomeço das atividades presenciais nestes estabelecimentos não está garantido. No dia 10 de novembro, o Diário Oficial do Município publicou um decreto da Secretaria da Educação (Decreto 6.170, de 04 de agosto de 2021) anunciando interferências nas instalações dessas três escolas e a continuidade das atividades educacionais exclusivamente remotas nestes estabelecimentos.

Por Victor Stutz, para o Diário de Ouro Preto